Justiça

Julgamento sobre big techs no STF deve ficar para o segundo semestre

Motivo é a pauta já extensa e com assuntos delicados para o próximo mês

JULIANA BRAGA - Folhapress

Publicado em 03/06/2023 às 11:45

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

STF, Supremo Tribunal Federal / Divulgação

Continua depois da publicidade

Embora tenha sido remarcado para junho, o julgamento sobre a responsabilização das grandes empresas de tecnologia no STF (Supremo Tribunal Federal) só deve ocorrer no segundo semestre deste ano, depois do recesso do Judiciário, avaliam ministros.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

O motivo é a pauta já extensa e com assuntos delicados para o próximo mês. O plenário deve se debruçar, por exemplo, sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas, tema também em análise no Congresso Nacional.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Lira sugeriu a Lula por telefone mais Brasil e menos América Latina em meio a tensão política

• Mega-Sena deste sábado paga prêmio de R$ 65 milhões

• Brasil não vai fazer acordo com a União Europeia se condições do país não forem aceitas, diz Lula

Os processos sobre o Marco Civil da Internet foram pautados depois de o relator de um deles, o ministro Dias Toffoli, liberá-lo para julgamento.

A ação ocorreu no momento em que o Congresso ensaiava adiar a votação do PL das Fake News e foi lida como uma forma de pressionar os parlamentares a se anteciparem e regularem o assunto. Por falta de acordo, o projeto foi retirado de pauta mesmo assim, a pedido do relator, Orlando Silva (PCdoB-SP).

Continua depois da publicidade

Mesmo tendo esfriado na Câmara, o assunto será enfrentando em breve pelo STF, relatam os magistrados, antes do fim da presidência da ministra Rosa Weber, em outubro.

Tratam de casos específicos e precisarão ser analisados mesmo que o PL das Fake News seja votado. O que está sob a relatoria do ministro Luiz Fux, por exemplo, diz respeito a uma publicação feita no Orkut, rede social em desuso já há alguns anos.

Toffoli vem conversando com os colegas para chegar à votação com um consenso mínimo sobre alguns pontos. Vários ministros já se manifestaram publicamente sobre a necessidade de regular as big techs, como Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso.

Continua depois da publicidade

Há questões técnicas no assunto. O processo relatado por Toffoli julga o artigo 19 do Marco Civil, que determina que o "provedor de aplicação de internet" só pode ser responsabilizado civilmente por conteúdos gerados por terceiros se não cumprir ordem judicial.

Um dos pontos a ser debatido é o alcance do termo "provedor" – se deve ser aplicado a e-mails, com trocas de mensagens individuais, por exemplo.

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software