Paulo Guedes / Agência Brasil
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O governo cortou a projeção para o crescimento da economia neste ano de 2,1% para 1,5% e elevou a expectativa de inflação de 4,7% para 6,5%.
O maior avanço nos preços é calculado em meio à escalada nos valores de combustíveis e de commodities alimentícias, devido principalmente à guerra na Ucrânia.
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As projeções pioram às vésperas do calendário eleitoral e enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) cobra medidas que possam barrar uma possível perda de popularidade devido às condições da economia, principalmente pela inflação.
O Ministério da Economia afirmou que existem riscos neste ano a serem monitorados, notadamente a guerra na Ucrânia e seus impactos nas cadeias globais de valor, "que já apresentam gargalos devido à pandemia".
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"Adicionalmente, o risco da pandemia sobre o crescimento econômico e a inflação continuam sendo avaliados", afirma a pasta.
O ministro Paulo Guedes (Economia) tem barrado medidas vistas como ineficazes por ele, como um programa de subsídios para os combustíveis.
Guedes já admitiu publicamente que a expectativa era de uma desaceleração em 2022.
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Um dos fatores que contribui para o freio na atividade econômica é a alta dos juros. Para tentar segurar a inflação, o Banco Central já elevou a taxa básica de juros (Selic) a 10,75% ao ano, e novas altas são aguardadas pelo mercado.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou neste mês que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu 4,6% em 2021, após um tombo de 3,9% provocado pela pandemia em 2020.
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