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Índio é assassinado com requintes de crueldade durante invasão de garimpeiros, dizem moradores

Uma fonte da Funai disse que o corpo do indígena estava cheio de marcas de violência e sem um olho.

Folhapress

Publicado em 28/07/2019 às 18:05

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É a única terra indígena do país com autorização oficial para exploração de ouro, feita de forma artesanal pelos próprios indígenas. / Reprodução/Internet/Rede Amazônica

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Indígenas da etnia waiãpi denunciaram o assassinato de um líder em meio a uma invasão de garimpeiros, no oeste do Amapá. A Polícia Federal e a Funai (Fundação Nacional do Índio) investigam o caso. 

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De acordo com a denúncia à PF, feita com o apoio do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o assassinato ocorreu na última quarta-feira (24), durante um ataque à aldeia Mariry. A Folha de S.Paulo confirmou essas informações com pessoas da região.

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Uma fonte da Funai disse que o corpo do indígena estava cheio de marcas de violência e sem um olho. A princípio, os índios acharam que ele havia se afogado, mas depois encontraram o corpo com esses sinais de agressão.

Os cerca de 1.300 waiãpis habitam o oeste do Amapá, em área próxima à divisa com o Pará. É a única terra indígena do país com autorização oficial para exploração de ouro, feita de forma artesanal pelos próprios indígenas.

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Seria a primeira invasão de garimpeiros no território waiãpi em décadas. O ataque ocorre em meio a promessas do governo Jair Bolsonaro de legalizar a atividade em áreas protegidas.

Diversas terras indígenas da Amazônia sofrem com invasão de garimpeiros, interessados principalmente em ouro e diamante. Entre as etnias mais atingidas estão os ianomâmis (entre Roraima e Amazonas), mundurucus (Pará), caiapós (Pará) e paiter-suruís (Rondônia).

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