Brasil
Jânio usou jingle para exaltar que varreria a corrupção do País; seu adversário, porém, alertou que a vassoura era de 'piaçava americana'
Posse de Jânio Quadros, em 1960, foi retratada pela revista Manchete / Reprodução
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Durante a campanha eleitoral para a Presidência da República de 1959, o candidato Jânio Quadros usou a vassoura como uma metáfora de que varreria a corrupção do Brasil. A marchinha anunciava, em ritmo viciante: "Varre, varre vassourinha / Varre, varre a bandalheira / Que o povo está cansado / De sofrer desta maneira...".
Só que o principal adversário de Jânio, marechal Henrique Lott, tratou de usar um jingle-resposta em sua campanha. Em 1956, o militar havia sido homenageado pelo então presidente Juscelino Kubitschek com uma espada de ouro. Em seu jingle, provocava Jânio: "O povo sabe, sabe e não se engana / Essa vassoura é de piaçava americana / Mas a espada do nosso marechal / Foi fabricada com aço nacional".
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Lott voltou a exaltar o fato de ter uma espada de ouro em outro jingle. Sob a melodia da música Escravos de Jó, dizia, numa batida que grudava na cabeça: "A espada de ouro quem tem é o marechal/ Lott, Lott é o ideal...".
Apesar da espada parecer mais poderosa do que a vassoura, Jânio ganhou as eleições com folga contra marechal Lott, e se tornou presidente do Brasil a partir de 1960.
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