O Governo de São Paulo remunera pescadores artesanais de camarão que ajudam na coleta de lixo do mar / Divulgação
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Com o objetivo de fortalecer a proteção do oceano na costa do litoral paulista, o Governo de São Paulo remunera pescadores artesanais de camarão que ajudam na coleta de lixo do mar. O Programa Mar Sem Lixo é feito pela Fundação Florestal, órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística.
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A ação integra a política de Pagamento por Serviços Ambientais do Estado, o PSA, que busca incentivar, além de pescadores, produtores rurais, agricultores, comunidades tradicionais e povos indígenas a recuperar ou proteger nossos recursos naturais.
Com a ajuda dos pescadores, o PSA Mar Sem Lixo visa prevenir e combater o escape e o lançamento de lixo no oceano. O programa já vigora nas cidades de Itanhaém, Ubatuba e Cananéia, e contabiliza quase 3 toneladas de lixo recolhido do mar, sendo 90% em materiais plásticos. Agora, a iniciativa foi ampliada para comunidades de outros três municípios do litoral paulista: São Sebastião, Bertioga e Guarujá.
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Os profissionais podem participar de forma voluntária e são remunerados de acordo com a quantidade de lixo que coletam. Os resíduos passam por uma avaliação e limpeza bruta. Depois, o peso do material recolhido por cada embarcação é dividido pelo número de tripulantes. No final do mês, a quantia é convertida em reais e creditada diretamente no cartão alimentação do profissional, com um limite de R$600 por pessoa.
Pescador de Itanhaém há 36 anos e participante do programa, o pescador de camarão Alexandre dos Anjos incentiva os colegas de ofício a aderirem à iniciativa.
“Além do benefício que trouxe para a natureza, que é a limpeza da nossa costa e o nosso mar, nossa área de trabalho, melhora para nós e pros nossos filhos , temos ainda a vantagem de receber para fazer esse processo”, afirma.
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Thiago Rodrigues Cruz é filho de pescadores e trabalha há 20 anos no ramo. Ele foi um dos cerca de 80 profissionais contemplados na primeira fase do PSA Mar Sem Lixo.
“A gente já recolhia o lixo, né. Já tirava o lixo sem ganhar nada. Sem nada, por consciência própria. Aí com esse projeto foi melhor ainda. A gente ganha, ganha um extrazinho. É um vale compras, ajuda na despesa”, comenta.
A destinação do resíduo recolhido é feita pelas prefeituras e cooperativas de catadores, parceiras da iniciativa. Em paralelo, também são promovidas atividades educativas junto a escolas e unidades de conservação, além de mutirões de limpeza de praias e mangues.
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