Governador de SP pede aos deputados voto a favor da Reforma

Depois de reunião com os governadores e com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o governador Tarcísio de Freitas se convenceu de que o Brasil precisa da reforma tributária agora. E, nesta quinta (6), o governador se reunirá com o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, e com Jair Bolsonaro (PL), para pedir que a legenda libere os deputados da orientação de votar contra a reforma.

A pauta não estava na agenda de Costa Neto e Bolsonaro, mas o governador de São Paulo, entendendo que o País não pode perder essa janela de oportunidade para a votação do projeto discutido há mais de 20 anos no Congresso, se comprometeu com o apoio pela aprovação. A reunião com Haddad aconteceu na manhã de quarta-feira (5), quando Tarcísio, ao lado do ministro, declarou: “eu acho que está muito fácil construir o entendimento, e eu fiz esse compromisso com o relator”.

A opinião pública considera que a questão é uma saia justa para Bolsonaro e para o PL. É que o País não pode mais esperar pela reforma tributária, e ainda tem o fato de que a reforma que está sendo construída é oriunda de articulações advindas do governo do ex-presidente. O autor da proposta, deputado Baleia Rossi (MDB-SP), e o relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), iniciaram a discussão em 2019, junto com o ex-ministro da economia, Paulo Guedes.

Na mão contrária, o prefeito de São Paulo, e deputados do PL, afirmam que a discussão ainda precisa ser melhor amadurecida. Tanto o relator, quanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), colocam que o texto lido ontem é a reforma que o País precisa, e que agora é o melhor momento para votá-lo. Lira quer esse legado para sua gestão, enquanto presidente da Casa.

Enquanto isso, o voto de qualidade do Carf está em suspenso, mesmo sem ele estar trancando a pauta. Articulações estão sendo feitas para que a questão fique para o segundo semestre enquanto o deputado Celso Sabino (União-PA) prepara a posse como ministro do Turismo. Dani do Waguinho deve entregar o cargo nesta quinta, e se tornar vice-líder do governo na Câmara, após a entrega de sua carta demissionária ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na carta, Daniela deve dizer que entende o momento do Brasil para que ela entregue seu cargo. A entrega custará ao governo federal postos-chave em autarquias do Rio de Janeiro.

Na noite de ontem (5), o Senado aprovou o Marco legal das garantias de empréstimos, que entre outras medidas, garante que Imoveis de famílias não possam ser penhorados. O texto, que estava sendo discutido pela Câmara desde 2021, segue para sanção presidencial.