Imagem meramente ilustrativa / Divulgação
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O Ministério Público do Rio de Janeiro oficializou uma ginecologista como ré em um caso de racismo. Segundo informações do Fantástico, da TV Globo, o ato aconteceu durante uma consulta de uma paciente negra, onde a médica afirmou que "mulheres pretas têm mais probabilidade de ter o cheiro mais forte nas partes íntimas".
A consulta aconteceu no ano passado, quando uma mulher levou sua afilhada de 19 anos para colocar um DIU. Os áudios, registrados durante o atendimento, flagraram as falas da especialista. "Muito forte, aqui, ó. Quando você sua, o cheiro piora. É a mesma coisa do sovaco. É o mesmo cheiro, é um cheiro forte, mas é por causa da cor e do pelo. Você vai ser a vida inteira assim, então, você tem que se preocupar com isso, tá?".
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Questionada pela madrinha da vítima, a médica confirmou que esse suposto problema tinha ligação com a quantidade do pigmento que dá cor à pele, a melanina.
A vítima e sua madrinha registraram um boletim de ocorrência.
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Em sua defesa, a médica comentou que fez diversas pesquisas sobre o tema. Entretanto, outros especialistas confirmaram que a afirmação não tem nenhuma base científica.