Brasil

Filha do piloto do avião de Marilia Mendonça quer processar Cemig por acidente

Folhapress

Publicado em 18/11/2021 às 18:45

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Avião caiu perto de uma cachoeira na serra de Caratinga, interior de Minas Gerais / Reprodução

Continua depois da publicidade

Vitória Medeiros, filha do piloto Geraldo Martins de Medeiros Júnior, que comandava o avião de Marilia Mendonça que caiu no interior de Minas Gerais no dia 5 de novembro, quer processar a Cemig (empresa distribuidora de energia de Minas Gerais) pelo acidente aéreo.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

O bimotor atingiu um cabo da torre de distribuição de energia elétrica na região, o que foi confirmado pela própria empresa.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Exames em avião de Marília Mendonça seguirão protocolo internacional

• Maiara e Maraisa anunciam retomada dos shows após a morte de Marília Mendonça

• Filho de Marília Mendonça terá guarda compartilhada entre pai e avó

No desastre morreram, além de Marilia e do piloto, as outras três pessoas que estavam no voo: o produtor Henrique Ribeiro, o tio da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho, e o copiloto Tarcísio Pessoa Viana.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Continua depois da publicidade

"O ponto básico da história é que não haveria acidente se não existisse essa linha de alta tensão na reta final do aeródromo, ou se ela estivesse sinalizada", afirma o advogado Sérgio Alonso, representante da filha do piloto e especialista em direito aeronáutico.

A Cemig afirma, em nota, que a linha de distribuição atingida pela aeronave "está fora da zona de proteção do Aeródromo de Caratinga, nos termos de Portaria específica do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), do Comando da Aeronáutica Brasileiro".

Mas o advogado rebate que o risco de acidente é criado pela Cemig e, portanto, ela deve ser, sim, responsabilizada por não ter sinalizado o local, como foi incorporado pelo Código Civil após jurisprudência.

Continua depois da publicidade

"Mesmo que o fio esteja fora dessa zona de proteção, o obstáculo é feito pela Cemig. O Código Civil, em seu artigo 927, diz que quem explora atividade perigosa, como energia nuclear, energia elétrica, combustíveis e outros, tem a obrigação de indenizar pelos riscos causados. É a tal teoria do risco criado. Você tem uma atividade perigosa, então, o que acontecer lá, você é responsável", explica Alonso.

Segundo ele, a intenção de Vitória com a ação é a reparação da memória do pai dela, que vem sendo atacada por internautas nas redes sociais. Ele também afirma que um dos objetivos é que o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos) recomende que a rede no local seja sinalizada para que não ocorram outros acidentes.
"Esse fio de alta tensão tem que estar sinalizado, sim, porque é um risco criado pela empresa, e o piloto não consegue enxergar um fio sem a devida sinalização", reafirma o advogado.

A Cemig reitera, em nota, que "segue rigorosamente as Normas Técnicas Brasileiras e a regulamentação em vigor em todos os seus projetos."

Continua depois da publicidade

"A sinalização por meio de esferas na cor laranja é exigida para torres em situações específicas, entre elas estar dentro de uma zona de proteção de aeródromos, o que não é o caso da torre que teve seu cabo atingido", informa.

"A Companhia mais uma vez lamenta esse trágico acidente e se solidariza com parentes e amigos das vítimas", conclui a companhia.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software