Brasil

Especialista diz se criança que chocou o Brasil ao massacrar animais é psicopata

Caso aconteceu no último final de semana quando menino de 9 anos invadiu uma clínica veterinária e cometeu a chacina animal

Jeferson Marques

Publicado em 16/10/2024 às 12:03

Atualizado em 16/10/2024 às 12:04

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Menino de 9 anos invade clínica veterinária e mata, com requintes de crueldade, 23 animais / Reprodução/Arquivo Pessoal/Câmeras

Continua depois da publicidade

Nos últimos dias milhares de brasileiros ficaram chocados ao ver o vídeo onde um menino de 9 anos aparece pulando para dentro de uma clínica veterinária para cometer um massacre. Ao todo, segundo a polícia, 23 animais foram mortos pela criança, dentre coelhos e porquinhos-da-índia, com requintes de crueldade. A maioria foi arremessada contra a parede várias vezes, enquanto outros foram mutilados.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

A barbaridade aconteceu em Nova Fátima, no interior do Paraná.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Polícia e GCM recuperam animais furtados de Orquidário no litoral de SP

• Conheça o fenômeno que congela animais instantaneamente na Antártida

Para Cristiano Ávila, psicólogo clínico e neurocientista, é preciso muita cautela e análise sobre esse caso, especificamente. O especialista diz que esse tipo de comportamento vindo de um menino de apenas 9 anos levanta preocupações nas pessoas, mas que, para tudo, existe um contexto.

"Embora certos comportamentos possam ser considerados precoces sinais de alerta, como a crueldade contra animais, é importante lembrar que a maioria das crianças que apresentam esses desafios não se tornará um risco para a sociedade. Muitos fatores de proteção, como um ambiente familiar estável e o suporte contínuo, podem transformar um comportamento problemático em uma oportunidade de crescimento", explica Ávila.

Continua depois da publicidade

Ele acrescenta que fatores externos do ambiente podem ter levado a criança a praticar essa selvageria contra os animais indefesos.

"É crucial entender o ambiente em que a criança foi criada. A exposição à violência, seja em casa, na escola ou na comunidade, pode influenciar o seu comportamento. Se o garoto cresceu em um ambiente onde a desvalorização da vida animal ou a agressividade é comum, isso pode ter contribuído para suas ações", diz.

O profissional também não descarta que distúrbios comportamentais possam estar por trás da brutalidade da criança.

Continua depois da publicidade

"É possível que essa criança apresente algum tipo de transtorno comportamental ou emocional. A crueldade contra animais é um dos sinais que podem indicar problemas mais profundos, como distúrbios de conduta, que precisam ser avaliados por profissionais da saúde mental", indica.

Influências Externas

Ávila também não descarta a hipótese de que influências externas possam ter colaborado para a ação da criança.

"O acesso a conteúdos que naturalizam a violência, como jogos eletrônicos, filmes ou redes sociais, pode impactar a forma como a criança percebe a vida e o sofrimento. Se a criança tem acesso a materiais que glorificam a violência, isso pode ter influenciado seu comportamento", alerta.

Continua depois da publicidade

O psicólogo lembra, ainda, que é essencial que haja uma intervenção adequada, tanto para o menino quanto para a sua família. A terapia e a educação podem ajudar na compreensão das consequências de suas ações e na promoção de comportamentos mais saudáveis e empáticos.

"Embora certos comportamentos possam ser considerados precoces sinais de alerta, como a crueldade contra animais, é importante lembrar que a maioria das crianças que apresentam esses desafios não se tornará um risco para a sociedade. Muitos fatores de proteção, como um ambiente familiar estável e o suporte contínuo, podem transformar um comportamento problemático em uma oportunidade de crescimento, assim como ntervenções precoces, como aconselhamento psicológico e programas educativos, são fundamentais, principalmente neste caso. Elas oferecem à criança as ferramentas necessárias para lidar de maneira construtiva com suas emoções e impulsos", finaliza.

Diante do que disse Ávila, através da ciência, não se pode usar o comportamento infantil - mesmo que condenável, como esse - como um indicador absoluto do que essa mesma criança será na vida adulta.

Continua depois da publicidade

Por ter 9 anos, segundo a lei brasileira, ele não responderá pelo ato.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software