CRISE

Doações chega à Bahia, mas logística e reconstrução preocupam

Por ora, o envio de produtos essenciais como água e colchões tem sido grande, mas há o receio de que o trabalho perca fôlego depois do curto prazo

Folhapress

Publicado em 01/01/2022 às 15:00

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O grande desafio agora é a logística, segundo a empresária Ana Maria Diniz, uma das doadoras / Agência Brasil

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O movimento de voluntários União BR relata dificuldades nos esforços de socorro às vítimas das chuvas na Bahia. O grande desafio agora é a logística, segundo a empresária Ana Maria Diniz, uma das doadoras.

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Gabriella Marques, uma das fundadoras do movimento que desde 2020 se engajou nas doações da pandemia e seguiu na distribuição de cestas básicas contra a fome, afirma que o gargalo preocupa, porque o estrago está pulverizado em muitos municípios pequenos.

"Quando acontece catástrofe, assim como foi na crise do oxigênio em Manaus, todos se mobilizam para as doações. Teve muita doação de colchões, o que é necessário porque as pessoas estão desabrigadas, mas chegou a acontecer caso de ter mais colchão do que precisava em uma única cidade. Então, temos que cuidar da congruência de informação, para não ter sobreposição de doações", diz Marques.

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Ela afirma que o envio de cestas básicas é necessário, mas grande parte das vítimas não têm onde cozinhar, porque perderam suas casas. Segundo Marques, o que tem ajudado nesse aspecto são os esforços para a produção de refeições em marmitas, como a organização Gastromotiva.

"Entramos em contato para que esses movimentos conseguissem criar cozinhas solidárias nessas regiões. Já estamos conseguindo distribuir refeições prontas para as pessoas desabrigadas", afirma.

Por ora, o envio de produtos essenciais como água e colchões tem sido grande, mas há o receio de que o trabalho perca fôlego depois do curto prazo.

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"Esse caso das chuvas na Bahia vai ter uma cauda longa de reconstrução dessas cidades. Já estamos vendo municípios em que parou de chover, e começam a mapear o tamanho do desastre. Vamos ter de mobilizar esforços com meio privado, sociedade civil e interação com poder público para a reconstrução dessas cidades. Tem escolas destruídas, hospitais", diz.

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