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De volta? Lula recoloca no gabinete estátua de Jesus Cristo alvo da Lava Jato

A imagem foi removida pelo gabinete pela sua aliada, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em 2016, a Polícia Federal encontrou num cofre do Banco do Brasil associado a Lula, quando ele foi alvo de uma operação da Lava Jato

Folhapress

Publicado em 24/07/2023 às 19:45

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Em 10 de janeiro, o recém-empossado chefe do Executivo gravou um vídeo para as suas redes sociais com a estátua / Ricardo Stuckert/PR

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O presidente Lula (PT) pendurou no seu gabinete no Palácio do Planalto uma estátua de Jesus Cristo, que esteve lá nos primeiros mandatos e chegou a ser alvo da Operação Lava Jato.

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Em 10 de janeiro, o recém-empossado chefe do Executivo gravou um vídeo para as suas redes sociais com a estátua, em que dizia que a traria mais uma vez para a sua sala.

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"Eu acho que o tempo que ele ficou guardado, a madeira foi perdendo a cor. Tantos anos, eu descubro que o meu cristo estava no Museu da República, então eu mandei buscar e vou colocar ele aqui, outra vez, onde ele sempre ficou, me ajudando a governar esse país", afirmou Lula, na época.

A imagem foi removida pelo gabinete pela sua aliada, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em 2016, a Polícia Federal encontrou num cofre do Banco do Brasil associado a Lula, quando ele foi alvo de uma operação da Lava Jato.

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Então procurador do caso, o agora deputado eleito Deltan Dallagnol (Podemos-PR) acreditava ser uma estátua roubada pelo petista e de autoria de Aleijadinho, o famoso artista mineiro do século 18. Nenhuma das informações procedia.

O mandatário é cristão, mas foi alvo de uma série de fake news dessa natureza durante a campanha eleitoral. Como, por exemplo, de que ele fecharia igrejas, se eleito.

A maior dificuldade de Lula em 2022 foi entre os evangélicos, setor muito próximo do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Neste ano, como mostrou a Folha de S.Paulo, o petista tem buscado fazer gestos políticos e liberar verbas no início de mandato para afagar agronegócio, militares e evangélicos, setores que representam os pilares de sustentação do seu antecessor.

No caso dos religiosos, o governo apoiou na negociação da reforma tributária a ampliação da imunidade tributária das igrejas contra a cobrança de impostos federais, estaduais e municipais (incluindo IPTU).

O deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), que já foi líder da bancada evangélica e vinha fazendo críticas à postura do presidente em relação aos fiéis, afirma que o apoio do governo à emenda da reforma é uma sinalização importante.

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Lula ainda avalia nos bastidores se faz outro aceno importante aos evangélicos com a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para o STF (Supremo Tribunal Federal) em outubro, na vaga da ministra Rosa Weber. Lula o enviou como representante para a Marcha para Jesus, no início de junho.

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