CASO POWERPOINT
Valor já supera o determinado pelo STJ para o pagamento ao ex-presidente, de R$ 75 mil, por caso do PowerPoint
Lula e Dallagnol / Divulgação / Tomaz Silva/Agência Brasil
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O ex-procurador Deltan Dallagnol, da Operação Lava Jato, disse ter recebido mais de R$ 300 mil em doações via Pix após ser condenado a indenizar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por danos morais. O valor já supera o determinado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para o pagamento, de R$ 75 mil. O petista pedia R$ 1 milhão devido à apresentação de PowerPoint em que foi acusado de liderar uma organização criminosa.
"Quero agradecer de todo o coração pela coisa incrível que vocês fizeram, inacreditável. Em menos de 24 horas, vocês, espontaneamente, pegando meu CPF na internet e fazendo doações via Pix, depositaram mais do que o valor daquela condenação injusta, absurda que o STJ determinou que eu pagasse para o Lula", disse o ex-procurador, em vídeo publicado no YouTube.
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No vídeo, Deltan mostra a tela de seu celular com o aplicativo do banco aberto e diz que, durante toda a madrugada desta quinta-feira, 24, não pararam de chegar doações. "A cada vez que eu olho, entraram milhares de reais", afirma. "Isso se converteu em mais que um ato de solidariedade (...), mas em um ato de protesto. Não se trata de Deltan, não se trata de valor, mas se trata da causa da corrupção". Segundo o ex-procurador, foram feitas centenas de contribuições de valores diversos, de R$ 1 a mil reais.
A apresentação que motivou a condenação de Deltan foi feita durante uma entrevista coletiva organizada pela força-tarefa em Curitiba, base e origem da Lava Jato, em setembro de 2016. O material estampou manchetes dos principais jornais do País e também virou meme nas redes sociais.
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Segundo Dallagnol, a indenização com "juros, correção e honorários" se aproxima de R$ 200 mil. No vídeo que publicou na manhã desta quinta-feira, ele promete prestar contas para a sociedade de tudo o que for recebido e doar o excedente a instituições filantrópicas que ajudem crianças com câncer e autismo.
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