O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), voltou a ser internado na tarde deste domingo (2). / Reprodução/Redes Sociais
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O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), voltou a ser internado na tarde deste domingo (2) e decidiu se licenciar do cargo a partir desta segunda (3). O vice-prefeito, Ricardo Nunes (MDB), assumirá a maior prefeitura do país.
Ele está se tratando de um câncer no sistema digestivo com metástase óssea. Na semana passada, havia deixado o hospital e estava sendo medicado em casa.
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O licenciamento será oficializado nesta segunda-feira (3), com um pedido médico que a equipe que o assiste no Hospital Sírio-Libanês encaminhará à prefeitura. Depois, o documento precisa ser validado pela Câmara Municipal de São Paulo.
À Folha, o oncologista Tulio Flesch Pfiffer, que faz parte da equipe do Hospital Sírio-Libanês que acompanha Covas, disse que o visitou na manhã deste domingo e que a decisão pelo licenciamento foi do prefeito com total concordância da equipe médica.
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"Ele está um pouco mais cansado, sentindo um pouco mais de dor, e quer priorizar o tratamento da doença dele. Ele mesmo disse que o ritmo de trabalho frente à prefeitura não está bem quanto ele gostaria e a cidade merece e precisa nesse momento", afirma.
Segundo Pfiffer, a nova internação e o pedido de licenciamento não são devido à uma piora do quadro de saúde do prefeito. "Ainda é muito cedo para falar em piora. A gente começou a nova estratégia de tratamento há menos de suas semanas", diz.
O tratamento de quimioterapia e radioterapia a que o prefeito seria submetido neste fim de semana foi adiado porque a equipe médica achou melhor esperar os resultados de novos exames.
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De acordo com Pfiffer, já estava prevista uma nova internação nesta segunda cedo para repetir os exames de sangue e de imagem. "A gente ia dar um final de semana de descanso para ele ficar com o filho, a família dele. Mas, nesta conversa de hoje cedo, ele preferiu antecipar a internação", diz.
O prefeito tem recebido alimentação venosa. Ele já tinha sido tratado com quimioterapia e imunoterapia, mas a doença avançou no começo deste ano. Reeleito no segundo turno em novembro passado, o tucano vinha despachando do hospital e de casa, mas agora seu estado inspira mais cuidados.
Nunes, que era vereador, é ligado ao grupo do poderoso presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (DEM).
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Entre tucanos, sua ascensão é vista com reservas, em especial da hipótese de o afastamento de Covas se estender.
No Palácio dos Bandeirantes, contudo, a avaliação do governo João Doria (PSDB), fiador de Nunes na chapa com Covas em nome de uma aliança maior para 2022, o vice tem recebido elogios por seu desempenho em reuniões e ações recentes na prefeitura.
O câncer do prefeito originou-se na cárdia, uma válvula no trato digestivo, e depois afetou também o fígado. Ele iniciou tratamento ainda em 2019 e evita, desde então, afastar-se de suas funções na prefeitura, limitando suas licenças médicas.
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Entre outubro de 2019 e fevereiro último, o prefeito fez oito sessões de quimioterapia. As lesões cancerígenas regrediram, mas não desapareceram por completo.
Em fevereiro, um novo nódulo no fígado foi descoberto. Na ocasião, a equipe médica disse que o câncer no sistema digestivo que ele trata desde 2019 conseguiu "ganhar terreno", mas que ainda era menor do que o primeiro encontado há dois anos atrás.
No último dia 16, os médicos anunciaram que exames detectaram o surgimento de novos focos de câncer no fígado e ossos do prefeito.
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