TRANSPARÊNCIA
Vereadores do Rio de Janeiro questionam o que motivou o vereador do Republicanos a viajar até o país europeu às vésperas de um conflito militar
Filho do Presidente da República, o vereador pelo Republicanos, Carlos Bolsonaro, foi questionado nesta semana na Câmara Municipal do Rio de Janeiro a respeito da viagem que o mesmo fez à Rússia / Renan Olaz/CMRJ
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Filho do Presidente da República, o vereador pelo Republicanos, Carlos Bolsonaro, foi questionado nesta semana na Câmara Municipal do Rio de Janeiro a respeito da viagem que o mesmo fez à Rússia em comitiva liderada por Jair Bolsonaro (PL) em fevereiro, às vésperas do início do conflito armado na Ucrânia. Apesar do parlamentar ter argumentado que participou das sessões ordinárias de forma remota, integrantes da Casa de Leis ainda questionam o que motivou sua ida ao país do leste europeu e como a viagem foi financiada. As informações são do Jornal Extra.
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O questionamento partiu, inicialmente, de vereadores de partidos opositores ao de Carlos Bolsonaro, mas o mesmo foi entendido como justo também por parlamentares colegas do filho do presidente. O Governo Federal já havia informado ao ministro Alexandre de Moraes que não foram efetuados gastos com a viagem do vereador, mas não explicou qual seria o motivo do vereador carioca integrar a equipe presidencial.
Entre os questionamentos efetuados pelos vereadores do Rio de Janeiro está a possibilidade de que a viagem pudesse ter relação com eventuais conversas sobre interferências disparadas da Rússia para afetar as eleições brasileiras pela internet.
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"É um debate com os princípios republicanos mais elementares. Um agente público é convidado por outra instância de Poder para uma viagem internacional. Que resultados essas conversas trouxeram para o Rio ou para o Brasil? Quem financiou? Se ele pagou do próprio bolso, tem que dizer isso. Por que o mistério? No silêncio, revestindo essa viagem de segredos, ele fere esses princípios", disse Chico Alencar (PSOL).
Na terça-feira, Carlos Bolsonaro respondeu a Alencar afirmando que esteve presente de forma remota a todas as sessões da Câmara, como permite o próprio regimento da Casa de Leis.
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