Fachada Congresso Nacional / Valter Campanato - Agência Brasil
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), assegurou a líderes partidários que instalará nos próximos dias três CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito), que funcionarão junto com a CPMI (formada por deputados e senadores) que vai investigar os atos golpistas de 8 de janeiro.
Devem ser instaladas a CPI da Americanas, a primeira a ter assinaturas coletadas neste ano, a do MST e a da manipulação de resultados em partidas de futebol no País.
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A CPI da Americanas foi encabeçada pelo líder do PP na Câmara, André Fufuca (MA), e teve apoio de 216 deputados. Segundo o requerimento de criação, o objetivo é investigar, em até 120 dias, as inconsistências de R$ 20 bilhões que foram detectadas em lançamentos contábeis da empresa. Ela deve ter 27 titulares e o mesmo número de suplentes.
Já o líder do PSB e do maior bloco de partidos da Câmara, deputado Felipe Carreras (PE), coletou 205 assinaturas para a criação de uma CPI para apurar, por até 120 dias, esquemas de manipulação de resultados em partidas de futebol profissional no Brasil. A comissão deve ser composta por 34 membros.
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Na justificativa, ele cita operação do Ministério Público de Goiás que investiga grupo especializado em fraudar resultados de jogos da Série B do Campeonato Brasileiro. "O futebol é uma paixão que mexe com as famílias brasileiras, mas também é uma atividade econômica que gera emprego. Não pode gerar nenhum tipo de desconfiança da credibilidade do esporte, da competitividade", diz Carreras.
A CPI do MST, do deputado Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), busca investigar a atuação do grupo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, "do seu real propósito, assim como dos seus financiadores." Ela terá 27 titulares e 27 suplentes.
O requerimento de criação, que teve 172 assinaturas, foi protocolado em meados de março, um mês antes das recentes ações do MST em áreas da Embrapa, em fazendas e em sedes do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
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Há ainda uma quarta CPI, a de criptomoedas, que também obteve 172 assinaturas, mas ainda aguarda o aval de Lira para instalação. Protocolada pelo líder do Solidariedade, Áureo Ribeiro (RJ), a ideia é que tenha 32 titulares e o mesmo número de suplentes. O objetivo é investigar indícios de fraudes na gestão de criptomoedas feitas por empresas de serviços financeiros.
O regimento interno da Câmara permite o funcionamento de cinco CPIs ao mesmo tempo na Casa.
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