Saúde

Burnier diz como escapou de morte após infarto

José Roberto Burnier, 63, disse que foi salvo pelos exercícios físicos após sofrer um infarto na sexta-feira (29)

Folhapress

Publicado em 03/01/2024 às 13:16

Atualizado em 03/01/2024 às 14:54

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José Roberto Burnier está internado após sofrer um infarto e passar por cirurgia para colocar um stent / Reprodução/Instagram

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José Roberto Burnier, 63, disse que foi salvo pelos exercícios físicos após sofrer um infarto na sexta-feira (29).

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Âncora de jornais da Globo mostrou o exame e como ficaram as veias do coração: "Quando os médicos falam que temos que fazer exercícios físicos, eles sabem o que dizem. Só escapei porque eu estava condicionado. Meu coração teve força para criar os 'atalhos' que me salvaram".

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Infarto

José Roberto Burnier está internado após sofrer um infarto e passar por cirurgia para colocar um stent. O jornalista foi ao Hospital Sírio-Libanês (SP) com dores no peito após apresentar o SP2, na última sexta-feira (29).

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Segundo o site Notícias na TV, ele disse a amigos que suspeita ter apresentado dois jornais naquele dia já infartando, devido ao tamanho do bloqueio da artéria. Burnier agradeceu o carinho em foto no Instagram na noite do dia 1º:

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"Ganhei minha 3ª vida, graças a Deus! Muito obrigado pelas mensagens de apoio. Ótimo 2024 pra todos", disse José Roberto Burnier, no Instagram.

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O infarto acontece quando há a morte das células de uma região do músculo do coração por conta da formação de um coágulo que interrompe o fluxo sanguíneo de forma súbita e intensa.

Além do stent, espécie de mola metálica que tenta conter novos bloqueios, outros procedimentos podem ser realizados para restabelecer a passagem de sangue para o órgão, como a cirurgia de "ponte de safena" (para revascularização do miocárdio).

Sintomas de infarto em mulheres são diferentes

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Algumas pessoas podem ter infartos sem sintomas. Mas, de modo geral, os sinais típicos são:
Dor aguda no peito, sinal mais comum, que perdura por mais de 20 minutos e irradia para ombro e braço esquerdos;
Falta de ar;
Sudorese, suor frio;
Palidez;
Sensação de desmaio.
No entanto, as mulheres podem ter sintomas atípicos facilmente confundidos com outros problemas. Os principais sinais são:
Azia ou indigestão;
Náuseas;
Vômitos;
Tontura;
Palpitações;
Ansiedade inexplicável.

Segundo a Federação Mundial do Coração, mulheres que apresentam os sinais comuns de ataque cardíaco podem sentir dor mais difusa, que se espalha por pescoço, braços, abdome e costas. Além disso, o quadro pode ser precedido por cansaço inexplicável.

Fatores de risco do infarto

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Colesterol elevado: o colesterol é um tipo de lipídio (gordura) fundamental para a integridade das células e para a produção de hormônios. Cerca de 30% provêm da nossa alimentação e 70% do nosso próprio fígado. Existem dois tipos de lipoproteínas: o LDL (ou mau colesterol) e o HDL (ou bom colesterol).

O LDL em excesso está associado à formação de placas nas paredes das coronárias e, portanto, ao infarto. Já o HDL ajuda a remover o colesterol da parede das artérias, por isso é bom que essa lipoproteína esteja elevada no sangue. Tendências genéticas, hereditárias (hipercolesterolemia familiar), obesidade, sedentarismo e consumo excessivo de gordura animal podem interferir no nível de colesterol.

Hipertensão: uma das principais causas de doença cardiovascular, a pressão alta agride a parede das artérias e pode dilatar o coração, fazendo com que ele tenha que trabalhar mais. O problema pode ser causado por fatores genéticos e também por consumo excessivo de sódio (presente no sal de cozinha e nos alimentos industrializados), obesidade e sedentarismo.

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Diabetes: tanto o diabetes tipo 1 quanto o tipo 2 interfere no processo de aterosclerose. Quando essas condições não são bem controladas, aumenta o risco de ruptura das placas e formação de coágulos que podem resultar em infarto ou derrame.

Dieta inadequada: embora o colesterol seja considerado o principal vilão das coronárias, há outros fatores ligados à alimentação que interferem no risco cardiovascular, como a gordura trans (que diminui o HDL, fazendo o LDL se elevar), o excesso de açúcar e carboidratos —que aumenta o nível de triglicérides, um outro tipo de gordura "ruim" para o organismo, e gera resistência à insulina, processo que leva ao acúmulo de gordura abdominal.

Obesidade: quanto maior o peso, maior o esforço para o coração. Além de elevar o risco de outras condições associadas à doença coronariana, o tecido adiposo contribui para a produção de substâncias inflamatórias.

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Estresse: tensão crônica e falta de sono adequado, por si só, provocam a liberação de hormônios que, em excesso, têm efeito inflamatório. Além disso, levam a pessoa a comer mais e pior. Já a descarga de adrenalina resultante de uma situação de estresse agudo pode fazer as artérias se contraírem, uma situação perigosa se já houver obstrução.

Sedentarismo: um bom condicionamento físico permite que o coração trabalhe com menor esforço, reduzindo o risco de hipertensão, obesidade, colesterol alto, estresse e hiperglicemia, todos fatores de risco cardiovascular.

Tabagismo: as substâncias tóxicas do tabaco agravam a aterosclerose, fazem as artérias se contraírem e endurecerem, além de exigir maior esforço do coração.

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Idade: o pico de incidência do infarto em homens costuma ser a partir de 45 anos. Já em mulheres, após os 55 anos (a menopausa aumenta o risco cardiovascular). No entanto, a exposição mais precoce aos fatores de risco pode levar pessoas de 20 a 40 anos a ter infarto.

Anticoncepcional: associado a outros fatores de risco, como o tabagismo, pode aumentar consideravelmente o risco de infarto e trombose.

Drogas ilícitas: substâncias como a cocaína podem provocar infartos, inclusive em jovens, já que geram aumento da pressão e enrijecimento das artérias.

Abuso de álcool: em excesso, o consumo de bebida alcoólica também prejudica o sistema cardiovascular.

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