Brasil
O tatuador Marcelo Venturini afirmou que está fazendo o preenchimento da perna de Wilber com tatuagens na temática fundo do mar, quando teve a ideia de marcar para sempre o Titan na pele do cliente
Tatuagem do submersível Titan na perna. / Reprodução - Redes Sociais
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O empresário capixaba Wilber Bottocim, 33, fez uma tatuagem do submersível Titan na manhã desta quinta-feira (22), horas antes da Guarda Costeira dos EUA declarar que os cinco tripulantes estavam mortos. As imagens da tatuagem repercutiram nas redes sociais.
Tatuagem do submersível Titan na perna. O tatuador Marcelo Venturini afirmou que está fazendo o preenchimento da perna de Wilber com tatuagens na temática fundo do mar, quando teve a ideia de marcar para sempre o Titan na pele do cliente. O estúdio de tatuagem fica em Vila Velha (ES).
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"Estou fazendo o fechamento da perna [do cliente] com tema fundo do mar e já iríamos colocar um submarino. Vi as notícias, o lance do submarino e falei 'ah, vamos colocar esse submarino, ver o que está acontecendo, de ficar na história, vamos registrar'. E colocamos", contou Marcelo ao UOL.
Wilber conta que topou a ideia na hora. "A sugestão [veio] numa hora boa. Não é uma coisa de se comemorar a tragédia, mas futuramente, alguma coisa repercutir [eu falar] 'pô, tatuei esse submarino'. Minha intenção já era fazer um submarino, eu nem imaginava que ia repercutir", disse o empresário.
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"Quando ele estava tatuando a gente falou que seria a primeira tatuagem do submarino", comentou. Ele já tem tatuagens de tubarão, água viva, polvo, tartaruga, peixes, e agora diz que falta apenas uma onda.
O tatuador nega ter feito graça com o acontecimento. "[É] Muito triste essa situação. Em nenhum momento que fiz a tatuagem foi pensando em meme, em resultado negativo. Primeiro nós fizemos para registrar o fato que já estava acontecendo. Íamos colocar mesmo a imagem de um submarino e colocamos ele [o submersível Titan]".
Marcelo tinha expectativa de que os tripulantes fossem encontrados. "Há sempre esperança. Achei até que fosse virar um filme, a questão de achar as pessoas e todo mundo sair feliz, mas depois veio a notícia que acharam partes [do submersível]. Mas já tinha feito também, já registramos".
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REPERCUSSÃO
Assim que finalizou os trabalhos, Marcelo publicou em sua conta do Instagram a imagem da tatuagem do Titan. As fotos acabaram repercutindo e ele começou a receber comentários negativos.
Marcelo optou por excluir a publicação em menos de 24 horas: "Tirei da minha página porque estavam vindo uns comentários e isso traz energia negativa, não é legal, não é essa a intenção. Só queria mostrar meu trabalho. O rapaz só quis registrar, ninguém brincou nem zoou, pelo contrário, a situação é triste".
"O pessoal está bem crítico. [...] Fico observando as pessoas comentando 'ah, não sei quantos naufragados e não homenageia, não faz campanha do câncer'. As pessoas que mais criticam são as que menos fazem as coisas. Ao invés de criticar, por que não pega e faz uma coisa de bom?", questionou Wilber.
OCUPANTES DO SUBMERSÍVEL MORRERAM
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Em comunicado oficial nesta quinta-feira (22), a OceanGate, responsável pelo submersível, admitiu que os cinco ocupantes da embarcação morreram. A admissão foi feita minutos antes de uma entrevista coletiva da marinha norte-americana, logo após os familiares dos ocupantes serem comunicados.
O contra-almirante Paulo Hanken afirmou que não havia esperança de encontrar passageiros com vida.
Destroços são consistentes com perda catastrófica de pressão da cabine, explicou o almirante John Mauger, da Guarda Costeira dos Estados Unidos.
A Guarda Costeira explicou que encontrou cinco grandes partes do submersível. "Nos disseram que esses eram os destroços do Titan [o submersível]. Primeiro, encontramos a ponteira sem o casco pressurizado. Essa foi a primeira indicação de que houve um evento catastrófico." Também foram achados destroços do submersível a 3,2 km de profundidade e a cerca de 480 metros do Titanic.
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Os oficiais esclareceram que o mapeamento de destroços vai continuar. "Faremos o nosso melhor para descobrir o que aconteceu". Veículos de operação remota continuarão operando no fundo do mar.
Folhapress
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