PRESSÃO POLÍTICA

Bolsonaristas marcam ato para pressionar Senado contra Dino no STF

Em vídeos contra a indicação aparecem Carla Zambelli, Nikolas Ferreira e Magno Malta, entre outros

Lucas Marchesini - Folhapress

Publicado em 02/12/2023 às 18:01

Atualizado em 02/12/2023 às 18:04

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A deputada Carla Zambelli / Michel Jesus/Câmara dos Deputados

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Diversos parlamentares bolsonaristas gravaram um vídeo divulgando uma manifestação contra a indicação do ministro Flávio Dino (PSB) para o Supremo Tribunal Federal (STF).

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Nas imagens aparecem os deputados federais Carla Zambelli (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG) e o senador Magno Malta (PL-ES), entre outros. Além deles, o pastor Silas Malafaia também participou do video. Eles pedem que o Senado, em especial nomes do centrão, vete a indicação de Lula para o STF.

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A manifestação, marcada para o domingo que vem, dia 10, deve acontecer em São Paulo e diversas cidades do Brasil, dizem os parlamentares nas imagens.

No domingo passado (26), bolsonaristas participaram de uma manifestação em frente ao Masp, em São Paulo, para homenagear Cleriston Pereira da Cunha, réu dos ataques golpistas de 8 de janeiro que morreu no último dia 20 no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.

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O anúncio oficial da indicação de Dino foi feito na segunda-feira (27), e o ministro já está em campanha no Senado para aprovar o seu nome.

Na quarta, Dino encontrou com com o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), e o relator de sua indicação, Weverton Rocha (PDT-MA).

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Depois, em conversa com a imprensa, afirmou que não está preocupado com a orientação política dos senadores e disse que "mudou a roupa" que veste no momento em que foi indicado para o STF por Lula (PT).

"Para um cargo no Judiciário, isso não é relevante, se a pessoa é ideologicamente de um lado ou de outro, politicamente ou partidariamente de um lado ou de outro. Ministro do Supremo não tem partido, ministro do Supremo não tem ideologia, ministro do Supremo não tem lado político", disse Dino.

Em uma carta aos senadores, Dino prometeu atuar de "modo técnico e imparcial", se for aprovado para o STF, zelando pela Constituição e "pelas leis da nossa pátria."

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O nome do ministro precisa ser aprovado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e depois no plenário da Casa.

O presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), quer que Dino e o procurador Paulo Gonet, indicado à PGR (Procuradoria-Geral da República), sejam sabatinados não só no mesmo dia, mas simultaneamente.

Os relatórios serão lidos na próxima quarta-feira (6), e a sabatina de Dino e Gonet está marcada para 13 de dezembro. A expectativa é que a análise em plenário ocorra em seguida, no próprio dia 13 ou no dia seguinte, 14.

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