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Bebê de 2 meses morre após farmácia confundir remédio 'bromoprida' com 'brimonidina'

De acordo com a bula, o medicamento ingerido via oral pelo bebê é contraindicado para menores de dois anos de idade e pode causar efeitos colaterais como dificuldade na respiração, diminuição no batimento cardíaco e coma

Da Reportagem

Publicado em 28/06/2023 às 15:00

Atualizado em 28/06/2023 às 15:02

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Bromoprida e brimonidina / Reprodução - Redes Sociais

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Um bebê de dois meses morreu após ingerir um colírio para tratamento de glaucoma, que teria sido vendido por engano em uma farmácia de Formosa, em Goiás. A criança deveria ter tomado o medicamento bromoprida, para tratar enjoo e vômito, mas a farmácia vendeu um de nome similar à brimonidina, que serve para o tratamento de glaucoma e é contra indicado para bebês. O caso ocorreu no dia cinco de março deste ano.

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De acordo com a Polícia Civil, o bebê estava com náuseas e febre e, por isso, foi levado pela mãe à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). No local, ele foi atendido e foram prescritos alguns medicamentos, entre eles a bromoprida.

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Após voltar da UPA o bebe demonstrou melhora, estava sorrindo e brincando. Contudo, por volta das 19h do mesmo dia, a mãe teria dado o medicamento, seguindo a prescrição. Pouco tempo depois, a criança começou a chorar e gritar de dor, por isso, foi levada novamente à UPA. Ele chegou a ser entubado, mas não resistiu. 

“O avô da criança compareceu em uma farmácia para adquirir a medicação, porém, possivelmente de forma equivocada foi vendido um colírio ao invés da medicação apontada pelo médico”, conta o delegado do caso.

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De acordo com a Polícia Civil, as diligências foram feitas na unidade de saúde e na unidade da farmácia, onde o remédio foi vendido. A polícia ainda investiga se o atendente da farmácia, que forneceu o medicamento errado, teve a supervisão de um farmacêutico. Segundo o delegado o “colírio foi ingerido de forma oral pela criança, o que possivelmente levou ao seu óbito”.

A drogaria informou que vai contribuir com as investigações e dará os devidos esclarecimentos sobre os fatos em questão. Já o Conselho Federal de Farmácia disse que está acompanhando o caso e “destacou um farmacêutico fiscal para apurar os fatos in loco e, se necessário, abrirá um processo ético-disciplinar”.

De acordo com a bula, o medicamento ingerido via oral pelo bebê é contraindicado para menores de dois anos de idade e pode causar efeitos colaterais como dificuldade na respiração, diminuição no batimento cardíaco e coma.

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