Brasil

BA.2: subvariante da ômicron é mais contagiosa e já está no Brasil

A nova cepa se espalha de forma mais ainda veloz que a ômicron e pode causar casos graves

Joseph Silva

Publicado em 16/03/2022 às 11:21

Atualizado em 16/03/2022 às 11:56

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Variante Ômicron (ilustração) / Folhapress

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Enquanto os números de novos contágios e mortes caem no Brasil, a Europa se vê, novamente, diante de um cenário preocupante na pandemia: o aumento de casos de Covid-19 causados pela mutação da variante ômicron, a BA.2. Cientistas acreditam que esta subvariante é ainda mais contagiosa que a original e que ela já está no Brasil.

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A preocupação no continente europeu é ainda maior depois que muitos países decidiram flexibilizar o uso de máscaras em locais abertos. Além disso, o turismo deve ganhar força na região, com o fim do inverno e medidas mais brandas de prevenção ao coronavírus.

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O Reino Unido já registra duas semanas seguidas de alta nos números de infeções e Alemanha e Áustria tiveram recorde no número de casos na semana passada. A Itália teve alta de 29,2% e França de 19,8%. O texto conta com informações do "Uol".

 

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Número de novas infeções por Covid na Europa

Arte: Uol

 

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Outra preocupação dos cientistas é que a BA.2 não possui o marcador genético utilizado em laboratórios para identificar com facilidade se a infecção foi causada pela variante ômicron (BA.1) ou pela delta. Por isso, não se sabe ao certo se o novo cenário de alta nos casos que estão ocorrendo na Europa se deve à nova mutação.

A subvariante, que também é conhecida como subvariante furtiva, já está no Brasil e foi identificada em quatro estados: São Paulo, Goiás, Santa Catarina e Rio de Janeiro, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). No entanto, é possível que já existam mais casos em outras regiões, uma vez que a identificação desta tipificação do vírus ainda é incipiente.

A Fiocruz divulgou um balanço das principais variantes do coronavírus em circulação no Brasil no mês de fevereiro. A ômicron continua responsável pelo maior número de infecções:

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  • BA.1: 78,2%
  • BA.1.1: 21,2%
  • BA.2: 0,4%

Entretanto, os números acima não incluem os casos de deltacron, que, no período de abrangência do levantamento, ainda não havia sido encontrada no País.

A epidemiologista e vice-presidente da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), Ligia Kerr, alerta que os cientistas já sabem que a BA.2 está se espalhando de forma mais ainda veloz que a ômicron. "Isso deve servir de alerta para o Brasil. Para mim, nós seremos a Europa amanhã", afirma.

Já se sabe também que a subvariante furtiva pode causar casos graves, assim como a delta, mesmo considerando que as vacinas atuais protegem contra novas infeções. "Ela escapa da imunidade das vacinas para a infecção, mas felizmente parece que temos proteção contra casos graves e óbitos", destaca.

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O pesquisador Miguel Nicolelis aponta que a flexibilização dos protocolos antiCovid em muitos países pode estar favorecendo o surgimento de novas variantes. Para ele, os governantes parecem ter desistido de combater a pandemia em um momento crítico.

"A BA.2 e a BA.2.2 parecem ser mais transmissíveis e mais letais que a ômicron. Veja a China, que está confinando milhões. Hong Kong está entrando num colapso funerário neste momento. O coronavírus, se pudesse falar, diria: o problema não sou eu, são vocês mesmos", comenta.

 

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