18 de Outubro de 2024 • 02:14
Sabesp diz que falta de chuva reduziu para 39,6% capacidade do Sistema Cantareira / Agência Brasil
Após 46 dias sem registro de índices expressivos de chuva, a capital paulista registrou hoje (31) forte tempestade. O Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura de São Paulo informou que as chuvas começaram na noite de segunda-feira (30), na zona sul da capital, e na parte de manhã espalharam-se pela cidade acumulando uma média pluviométrica de 8,6 milímetros (mm).
O último registro expressivo de chuva na capital ocorreu em 13 de junho, quando houve um acumulado de 8,4 mm. Até hoje só foram registradas garoas que totalizaram 0,16mm.
Para amanhã, a previsão é de chuva fraca na cidade, com condições de chuvas isoladas nos próximos dias.
Segundo o meteorologista Michael Pantera, do CGE, períodos longos sem chuva durante o inverno são comuns devido a um fenômeno conhecido como “bloqueio atmosférico. “Consiste em uma massa de ar seco que ganha força e dificulta a passagem dos sistemas frontais pelo litoral paulista. Dessa forma, é usual que ocorram eventos de estiagem prolongada até que uma frente fria forte o suficiente rompa este bloqueio”, explicou.
O CGE registrou o maior período de estiagem na capital paulista em 2012, quando houve 62 dias de seca.
Reservatórios
A escassez de chuvas reduziu a capacidade do Sistema Cantareira para 39,6%, de acordo com o boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
O sistema é responsável por 47% do abastecimento da capital.
Em maio de 2014, o nível chegou a ficar abaixo de 10%, quando a Sabesp utilizou a reserva técnica de água (chamada volume morto) para abastecimento.
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