Adoçante: vilão ou herói? Nutriocionista explica

O primeiro adoçante foi criado em 1879 nos Estados Unidos, e se chamava sacarina. É uma substância artificial derivada do petróleo e ainda hoje é muito utilizada, especialmente na fabricação de refrigerantes ou doces dietéticos - aqueles que aparecem com o complemento “diet” na embalagem.

Ele puro é vendido como substituto do açúcar, que em si pode ser prejudicial para a saúde de quem tem diabetes e colesterol alto.

Mas, afinal, faz mal mesmo?

Um estudo comentado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que o uso contínuo dos adoçantes sem açúcar pode levar a efeitos adversos graves. A Gazeta conversou com a nutricionista Vitória Rios, da Unifesp, que comentou sobre o estudo.

"Na verdade esse é o estudo de baixa evidência e qualidade, não é comprovado ainda. Muitas matérias que saíram de forma alarmante, sendo na verdade a OMS não quis dizer isso, por isso não podemos afirmar que ele faz mal a saúde", disse a especialista.

Entretanto, a nutricionista alertou:  “É Importante ressaltar que os adoçantes merecem atenção, assim como o excesso de açúcar, e que o ideal é reduzirmos ambos, e preferimos sempre o doce natural dos alimentos, como as frutas”.

Por fim, ela disse: “O uso do adoçante vai depender de cada caso”.

Como consumir de maneira saudável?

A nutricionista sinalizou que pessoas que têm diabetes e doenças cardiovasculares podem usar o adoçante como substitutos. “Os adoçantes podem ser usados como substitutos do açúcar. Para pessoas que possuem diabetes é uma opção muito válida, e passam por teste toxicológico para garantir sua segurança ao consumidor”, afirmou.

Porém, ela faz um alerta para que quem usa o adoçante como instrumento de emagrecimento: “Por não possuir calorias muitas pessoas utilizam em dietas para controle do peso, porém, a OMS publicou uma diretriz recente sobre o assunto dizendo que não recomenda o uso para controle do peso e nem para redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs).”

*Sob supervisão de Matheus Herbert