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Terceiro terremoto no Afeganistão em dez dias deixa ao menos 1 morto e 93 feridos

As autoridades locais ainda avaliam a destruição na área mais próxima do epicentro

Folhapress

Publicado em 15/10/2023 às 13:00

Atualizado em 15/10/2023 às 14:13

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Ocorrido às 8h06 do horário local (0h36 em Brasília), o sismo de magnitude 6,3 é o terceiro a afetar a região em dez dias, o primeiro, em 7 de outubro, deixou mais de 2.000 mortos. / PMA

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Um novo terremoto atingiu o oeste do Afeganistão, perto da fronteira com o Irã, na manhã deste domingo (15), deixando pelo menos um morto e dezenas de feridos. Ocorrido às 8h06 do horário local (0h36 em Brasília), o sismo de magnitude 6,3 é o terceiro a afetar a região em dez dias, o primeiro, em 7 de outubro, deixou mais de 2.000 mortos.

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O sismo atingiu uma região a 33 km de Herat, na província de mesmo nome, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês). O diretor do hospital regional, Abdul Qadeem Mohammadi, disse à agência de notícias AFP que ao menos 93 pessoas ficaram feridas.

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Enquanto isso, as autoridades locais avaliam a destruição na área mais próxima do epicentro. Segundo o Centro Sismológico Europeu-Mediterrâneo, o terremoto deste domingo ocorreu a uma profundidade de dez quilômetros da superfície.

Embora alguns dos moradores de Herat já tenham voltado para suas casas, a maioria deles ainda dorme ao ar livre uma semana após o primeiro sismo, por medo de novas ocorrências. O comerciante Hamid Nizami, 27, afirmou estar agradecido pelo fato de o terremoto ter ocorrido durante o dia, quando as pessoas estavam acordadas. "Muitos dos nossos compatriotas não têm onde viver, e as noites são muito frias."

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Herat é considerada a capital cultural do Afeganistão. Lá vivem cerca de 1,9 milhão de pessoas, segundo dados do Banco Mundial de 2019.

O terremoto de 7 de outubro, também de magnitude 6,3, foi seguido por oito tremores secundários, que derrubaram fileiras de residências no campo e ferindo centenas de pessoas. O porta-voz do Ministério de

Desastres do regime afegão, Janan Sayeeq, havia afirmado inicialmente que 2.053 pessoas tinham morrido e 9.240 ficado feridas em decorrência do fenômeno.

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Nesta sexta-feira, porém, a administração alterou os números para cerca de mil mortos e 2.000 feridos, acrescentando que os valores anteriores tinham sido baseados em estimativas.

Quatro dias depois, com milhares de residentes aterrorizados ainda sem abrigo e voluntários em busca de sobreviventes, outro tremor de mesma intensidade matou uma pessoa e feriu mais 130. Mais de 90% dos mortos nos terremotos eram mulheres e crianças, segundo informou o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) na quarta-feira passada (11).

Segundo a ONU, mais de 20 mil pessoas foram afetadas pela emergência. Pelo menos seis cidades rurais do distrito de Zenda Jan foram completamente arrasadas.

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Os afegãos enfrentavam uma grave crise humanitária mesmo antes do terremoto, em decorrência da retirada generalizada da ajuda estrangeira após a volta do Talibã ao poder em agosto de 2021. Desde então, o grupo tem empregado medidas que refletem sua visão extremista do islã, em especial contra mulheres.

O Afeganistão sofre terremotos com frequência, especialmente na cordilheira Hindu Kush, perto da junção entre as placas tectônicas da Eurásia e da Índia.

Esta foi a segunda grande sequência de terremotos a atingir o país em menos de dois anos. Um terremoto no leste do Afeganistão ocorrido em 2022 matou mil pessoas e feriu centenas. Em 2005, pelo menos 73 mil pessoas foram mortas por um tremor de magnitude 7.6 que atingiu o Paquistão. Em março deste ano, um terremoto de magnitude 6.5 matou 13 pessoas no Afeganistão e no Paquistão, perto da cidade de Jurm, no nordeste do país.
 

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