Destruição causada pelos ataques russos em Baryshivka, cidade localizada à 70 km ao norte de Kiev, na Ucrânia / André Liohn/Folhapress
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Após cidadãos ucranianos tomarem conhecimento de que os soldados russos estariam fazendo propaganda de vitória na guerra, aumentaram os rumores de que o conflito será encerrado no dia 9 de maio. A data é emblemática para Putin, uma vez que neste dia se comemora o "Dia da Vitória Soviética", marcado pela capitulação da Alemanha Nazista para a União Soviética na Segunda Guerra Mundial.
Outro suposto indício de um possível fim da guerra é a invasão de Mariupol. A Rússia teria fechado o cerco contra os últimos defensores da cidade portuária, que é estratégica na região. A tomada desta cidade é peça crucial para a conquista de um controle terrestre russo em uma faixa que liga o Donbass (o leste russófono) à Crimeia.
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Ainda que a conquista do controle do território ucraniano são seja total, o Kremelin deve considerar o eventual fim da guerra como um sucesso. No entanto, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, teme que, até lá, muito sangue ainda seja derramado. Houve relatos não confirmados, nessa segunda-feira (11), sugerindo que armas químicas foram usadas em Mariupol.
"Tratamos isso com a maior seriedade. Gostaria de lembrar aos líderes mundiais que o possível uso de armas químicas pelos militares russos já foi discutido. E já naquela época significava que era necessário reagir à agressão russa de forma muito mais dura e rápida", disse Zelenskiy.
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Especialistas acreditam que o suposto fim dos ataques russos à Ucrânia não deve acontecer no dia 9 ou mesmo em uma data próxima. O professor de História das Relações Internacionais Andrew Patrick Traumann, disse em entrevista à CNN, que é muito improvável que a invasão chegue ao fim no mês que vem.
“Isso para mim é absolutamente inviável. A gente está vendo uma guerra de narrativas sobre ataques ou não a civis e tudo isso. Eu acho absolutamente inviável que em um mês haja uma vitória definitiva”, disse o professor.
Enquanto isso, a Rússia divulgou nesta segunda-feira ter destruído o regimento de baterias antiaéreas S-300, de longo alcance da Ucrânia. Não há confirmação desta informação, mas tudo indica que Moscou ainda pode surpreender nos próximos dias.
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