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Mianmar enfrenta risco de liquefação do solo após terremoto devastador

Mianmar sofre terremoto de 7,7, com alto risco de liquefação do solo e deslizamentos; mais de 1.000 mortos já foram confirmados

Luana Fernandes

Publicado em 30/03/2025 às 09:45

Atualizado em 30/03/2025 às 09:46

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Magnitude de 7,7 coloca país em alerta; especialistas avaliam impactos e perigos / Reprodução/Redes Sociais

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Mianmar está sob alto risco de liquefação do solo e deslizamentos de terra após ser atingido por um dos terremotos mais fortes de sua história recente. O tremor, registrado em março de 2025, alcançou a magnitude de 7,7 e já deixou um saldo trágico de mais de 1.000 mortos, segundo informações do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).

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A agência alerta que o número de vítimas pode ultrapassar 10.000 nas próximas horas. Além de Mianmar, a Tailândia também foi impactada, registrando 10 mortes até o momento.

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O USGS aponta que esse abalo sísmico é o mais forte a atingir Mianmar em mais de 100 anos. O último tremor de magnitude semelhante ocorreu em 1912, na cidade de Taunggyi, localizada no centro-leste do país. O impacto do terremoto atual gerou preocupação internacional devido ao seu potencial destrutivo e aos efeitos secundários que podem agravar ainda mais a situação da população local.

Um vídeo mostra o momento em que um arranha-céu em construção desabou em Bangkok, na Tailândia, após um terremoto de magnitude 7,7 atingir a cidade nesta sexta-feira (28/3).

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Liquefação do solo: um fenômeno devastador

Especialistas alertam que até um milhão de pessoas podem ser afetadas pela liquefação do solo, um fenômeno geológico que pode comprometer áreas entre 1.000 km² e 10.000 km². Esse processo ocorre quando solos soltos e saturados perdem sua resistência devido à vibração sísmica, fazendo com que o solo se comporte como um líquido.

Os efeitos da liquefação incluem o colapso de edifícios, a formação de "vulcões de areia"—quando areia e água são expelidas para a superfície—e a deformação permanente do solo. Apesar de sua capacidade destrutiva para infraestruturas e edificações, historicamente a liquefação tem causado menos vítimas fatais do que os deslizamentos de terra.

Alerta para deslizamentos de terra

Outro grande risco identificado pelo USGS são os deslizamentos de terra, que podem atingir uma área entre 100 km² e 1.000 km² e impactar diretamente entre 1.000 e 10.000 pessoas. Os especialistas explicam que terremotos frequentemente desencadeiam esses deslizamentos em áreas montanhosas ou terrenos íngremes, resultando em mortes, ferimentos e destruição de infraestrutura.

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O USGS alerta ainda que o risco de novos deslizamentos pode permanecer por anos após o terremoto principal, uma vez que as encostas já fragilizadas podem ser mobilizadas por tremores secundários.

Monitoramento e ações emergenciais

Diante da gravidade da situação, equipes de resgate e organizações internacionais estão mobilizadas para prestar assistência às vítimas e minimizar os impactos do desastre. Governos e entidades humanitárias acompanham a evolução do cenário para oferecer suporte logístico e operacional à população afetada.

A tragédia em Mianmar reforça a necessidade de políticas eficazes de prevenção e resposta a terremotos, além da importância do monitoramento geológico contínuo em regiões sísmicas. A comunidade internacional segue atenta aos desdobramentos e ao risco iminente de novos tremores e desastres secundários.

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