A cia aérea alemã Lufthansa fez amplo uso do modelo em sua operação comercial / Divulgação
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Um dos mais reconhecidos modelos de aeronave comercial, o Boeing 747, teve sua última unidade fabricada nesta quarta-feira (7). Foram 50 anos de produção e a unidade que dá fim a uma era de sucesso foi batizada com o número 1.574. Antes de sair voando por aí, o avião deve receber pintura final e passará por testes.
"É um momento muito surreal, obviamente. Pela primeira vez em mais de 50 anos, não teremos um 747 nesta instalação", disse Kim Smith, vice-presidente da Boeing, ao se referir à fábrica que a empresa considera o maior prédio do mundo, em Washington, EUA.
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Pandemia ajudou no fim do 747
O modelo, agora aposentado nos planos de produção, já apresentava sinais de declínio há alguns anos. A última vez que a Boeing atendeu a uma encomenda dele para transporte de passageiros foi em 2017. Mas foi na pandemia que o cenário se intensificou, com a queda do turismo e companhias aéreas como Qantas e a British Airways tirando os seus "jumbos" (apelido do 747) do céu.
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De acordo com a rede de televisão americana NBC, as cias estão procurando por modelos mais eficientes: "Era um ótimo avião. Serviu-nos brilhantemente. Há muita nostalgia e amor por ele, mas quando olhamos para o futuro, tratam-se de aeronaves modernas, mais eficiência, soluções mais sustentáveis também. — disse o CEO da British Airways Sean Doyle".
Atualmente, do total de Boeings 474 em operação nos céus do planeta, 87% são usados para transporte de carga (314 unidades), segundo o jornal O Globo. Apenas 44 são usados para viagens de passageiros.
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Uma lenda
O modelo, na verdade, não era planejado para ser o grande sucesso da gigante da aviação norte-americana. A Boeing mirava na criação de um avião supersônico e era a aposta de um futuro brilhante, na visão da empresa. Mesmo assim, o jumbo seguiu em desenvolvimento, agradou o mercado e chegou a ter três gerações.
De acordo com informações da página @amantesdaaviacao.oficial, a primeira geração, iniciada com a linha 100, foi lançada em 22 de janeiro de 1970 e estreada pela saudosa Pan Am. Da mesma família vieram as versões 200, 300 e SP.
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Já a segunda geração, que foi a mais vendida, incluiu a versão 400, iniciando nos ares em 1989.
Em 2011 o modelo ganhou sua terceira e última geração comercial, mas não alcançou o sucesso esperado pela Boeing, já que aeronaves bimotores acabaram se tornando a preferência das companhias aéreas. Com isso, o jumbo passou a ser mais visto em solo, mas deixa o seu legado, uma longa história e fãs por todo o mundo.