Mundo

Facção admite ter sido responsável por mandar matar candidato a tiros no Equador; assista

Horas após o assassinato, o presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou estado de exceção em todo o país. A medida, segundo o governo, visa a garantir a segurança da eleição, prevista para 20 de agosto

Folhapress

Publicado em 10/08/2023 às 14:43

Atualizado em 10/08/2023 às 14:43

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

A facção criminosa Los Lobos, uma das maiores do Equador, assumiu a autoria do assassinato do candidato à Presidência Fernando Villavicencio, morto a tiros nesta quarta (9) após comício em Quito / Reprodução

Continua depois da publicidade

A facção criminosa Los Lobos, uma das maiores do Equador, assumiu a autoria do assassinato do candidato à Presidência Fernando Villavicencio, morto a tiros nesta quarta (9) após comício em Quito.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

A post shared by Diário do Litoral (@diariodolitoral)

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Entenda como ficam eleições no Equador após assassinato de Villavicencio

Em um vídeo publicado nas redes sociais, um porta-voz do grupo lê um comunicado no qual insinua que Villavicencio fez um acordo com o crime organizado e não cumpriu suas supostas promessas.

"Queremos deixar bem claro para toda a nação equatoriana que, cada vez que os políticos corruptos não cumprirem as promessas que estabelecemos quando recebem nosso dinheiro e são milhões de dólares para financiar suas campanhas, eles serão dispensados", afirmou o porta-voz, rodeado de outros criminosos vestidos de preto e com máscaras cobrindo os rostos enquanto exibem armas de fogo.

Continua depois da publicidade

Ele disse ainda que a organização criminosa pode realizar novos ataques e fez ameaças ao empresário Jan Topic, outro candidato na disputa à Presidência e sexto colocado numa pesquisa de intenção de voto divulgada no mês passado pelo instituto Cedatos, com 4,4% da preferência dos eleitores. "Você também, Jan Topic, mantenha sua palavra. Se você não cumprir suas promessas, você será o próximo."

Segundo a rede britânica BBC, os Lobos são a segunda maior facção criminosa do Equador, com cerca de 8.000 membros. O grupo tem envolvimento com tráfico internacional de cocaína e é dissidente da organização Los Choneros, cujos componentes também foram acusados de ameaçar Villavicencio. As autoridades ainda não se manifestaram sobre o vídeo, e investigações estão em curso.

Horas após o assassinato, o presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou estado de exceção em todo o país. A medida, segundo o governo, visa a garantir a segurança da eleição, prevista para 20 de agosto.

Continua depois da publicidade

"As Forças Armadas, a partir deste momento, mobilizam-se em todo o território nacional para garantir a segurança dos cidadãos, a tranquilidade do país e as eleições livres e democráticas em 20 de agosto", disse Lasso, na madrugada desta quinta-feira, em discurso transmitido no YouTube.

Autoridades do país se reuniram em caráter de urgência na sede do governo após o ataque, que ainda deixou nove feridos, incluindo uma candidata ao Parlamento e dois policiais. De acordo com Lasso, o estado de exceção será válido por 60 dias e permitirá a presença dos militares nas ruas.

Antes visto como pacífico, o Equador, entre o Peru e a Colômbia, grandes produtores de cocaína, tem portos no oceano Pacífico que atraem criminosos pelo potencial de escoamento da produção. O tema tem povoado a campanha presidencial, com candidatos apostando na retórica contra a criminalidade.

Continua depois da publicidade

Da província andina de Chimborazo, Villavicencio foi funcionário e sindicalista da estatal Petroecuador e também trabalhou como jornalista. Na função, denunciou corrupção e perdas financeiras em contratos do setor. Na campanha, apontou ao menos três ameaças feitas por criminosos do grupo Los Choneros.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software