EUA banem antivírus Kaspersky do país por colocar a vida de cidadãos em risco

O Governo dos EUA anunciou no último dia 21 que os produtos antivírus da Kaspersky, uma das maiores empresas do ramo em todo o planeta, estão banidos do país. O motivo alegado seria que seus softwares colocam em risco a segurança nacional e também à vida dos cidadãos. A decisão abalou o mercado corporativo, já que a gigante russa também protege servidores e computadores de empresas americanas.

Em 2017 a Kaspersky teria vazado informações da Agência de Segurança Nacional (NSA) aos russos. A empresa confirmou que tinha acesso aos dados, mas negou o roubo.

Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia dezenas de países europeus publicaram sanções contra empresas do país. E com a Kaspersky não foi diferente, já que o temor é o de que a empresa estivesse por trás dos centenas de ataques cibernéticos que a Ucrânia vem sofrendo desde que a guerra teve início.

Ainda segundo os documentos a Kaspersky estaria usando seus servidores para armazenar dados de clientes, empresas e demais entidades de outros países, à fim de repassá-las à Rússia. E isso também ocorria com usuários da Ucrânia.

Eugene Kaspersky, presidente da empresa, soltou uma nota onde lamenta as acusações e sanções sofridas pela sua empresa, e reforça que ela não tem ligação política com nenhum país.

Gina Raimondo, secretária de Comércio dos EUA, fez um comunicado aos clientes dizendo que a empresa "não fez nada de errado e não está sujeita a nenhuma penalidade criminal ou civil. No entanto, encorajaria você, da forma mais forte possível, a parar imediatamente de usar esse software e mudar para uma alternativa, a fim de proteger você, seus dados e sua família".

Com a proibição os americanos e empresas americanas que usam o Kaspersky devem trocar de proteção antivírus o quanto antes.

A empresa russa enfatiza que isso não deve abalar suas receitas e insiste que não fez nada ilegal, e abriu o código-fonte dos seus produtos para investigações aprofundadas por parte de qualquer governo.