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Entenda como ficam eleições no Equador após assassinato de Villavicencio

Ao menos três candidatos suspenderam temporariamente suas campanhas para repensar seus próximos passos

Folhapress

Publicado em 10/08/2023 às 14:05

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Fernando Villavicencio, momentos antes de ser assassinado / Reprodução

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O assassinato do candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio nesta quarta-feira (9) torna incerta a situação das iminentes eleições no país.

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Ao menos três candidatos suspenderam temporariamente suas campanhas para repensar seus próximos passos. Um deles, Jan Topic, chegou a ser ameaçado publicamente pela facção Los Lobos, que assumiu a autoria do assassinato de Villavicencio. "Você também, Jan Topic, mantenha sua palavra. Se você não cumprir suas promessas, você será o próximo", afirmou o porta-voz do grupo em vídeo divulgado nas redes sociais.

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Mesmo assim, o governo de Guillermo Lasso anunciou que manterá a data do pleito, a ser realizado daqui a dez dias, em 20 de agosto. "A data permanece inalterada [...] cumprindo o mandato constitucional e legal", afirmou Diana Atamaint, titular do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), em comunicado feito em conjunto com Lasso no YouTube.

Atamaint acrescentou que as Forças Armadas e a Polícia "redobrarão a segurança em todos os domicílios eleitorais" para que se garanta que os eleitores votem de forma "livre, em paz e com segurança". Lasso declarou estado de emergência no Equador, mobilizando o Exército para garantir a segurança nas ruas, pouco depois do crime.

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Não está claro, porém, se os rivais do político assassinato pretendem manter seus nomes nas cédulas eleitorais quando chegar a data das eleições. Villavicencio era um de oito que candidatos à Presidência que se apresentaram ao cargo após Lasso, então sob ameaça de impeachment, dissolver o Congresso e convocar eleições antecipadas, em maio.

Levantamento da empresa Cedatos indicava que Villavicencio estava em segundo lugar nas pesquisas eleitorais, com 13,2% das intenções de voto, atrás de Luisa González, candidata apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa e que lidera a corrida com 26,6%.

González, aliás, estava em um comício no momento do crime. Ela suspendeu o evento e expressou horror diante da tragédia, mas não deixou claro se pretende paralisar sua agenda.

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Outros candidatos foram mais claros ao anunciarem suas decisões. O líder indígena de esquerda Yaku Pérez, terceiro nas pesquisas segundoo Cedatos, com 12,5% das intenções de voto, e Otto Sonnenholzner, ex-vice-presidente de direita, em quarto lugar com 7,5%, anunciaram a interrupção temporária de suas campanhas.

Jan Topic, um ex-empresário da área de segurança cuja campanha focava justamente a explosão da violência no país, também se retirou temporariamente da disputa. Ele figurava em sexto lugar nas intenções de voto segundo o Cedatos, com 4,4% da preferência dos eleitores.

Vale notar que outros institutos de pesquisa têm números bem diferentes daqueles divulgados pelo Cedatos. Estudo conduzido pela agência ClickReport entre 4 e 6 de agosto indicava que Villacencio estaria na realidade em quinto lugar, concentrando 7,5% das preferências dos eleitores. Gonzáles ainda manteria a dianteira, com 29,2% das intenções de voto, seguida por Pérez, com 14,4%, e Sonnenholzner, com 12,3%. Em quarto lugar, com 9,6%, aparecia Topic.

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