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Covid-19 dispara nos EUA, e mundo chega a 1 milhão de casos diários

Os números também estão muito acima da onda mais grave que o planeta já havia enfrentado, em abril deste ano, quando o pico da média móvel havia chegado a 827 mil casos

Folhapress

Publicado em 30/12/2021 às 22:25

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Planeta chega a um milhão de casos diários pelo corona vírus / Divulgação/MBL

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Os EUA ultrapassaram pela primeira vez desde o início da pandemia a média de 300 mil casos diários de Covid-19 com o avanço da variante ômicron. O país registrou a marca de 300.886 contaminações na quarta-feira (29) considerando os últimos sete dias –a chamada média móvel.

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O índice elevado de contágios contribuiu para que o mundo batesse outro recorde ao registrar média móvel de 1.047.995 casos, segundo dados do Our World In Data, ligado à Universidade de Oxford. Em ascensão desde o fim de outubro, o total de infecções cresceu mais de 80% desde 1º de dezembro, em meio à disseminação da variante ômicron, muito mais transmissível.

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Os números também estão muito acima da onda mais grave que o planeta já havia enfrentado, em abril deste ano, quando o pico da média móvel havia chegado a 827 mil casos.

O diretor da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, descreveu a atual onda como "um tsunami de casos". "Isso está e continuará colocando uma pressão imensa sobre os esgotados trabalhadores da saúde, e os sistemas de saúde estão à beira do colapso."

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A média de mortes, porém, continua abaixo da registrada em ondas anteriores da doença –o que, segundo especialistas, pode ser creditado à eficiência da vacinação. Nesta quarta, a média móvel de mortes registradas em todo o mundo foi de cerca de 6.357 óbitos. O índice equivale a 43% do pico registrado em janeiro, quando a imunização em âmbito global estava apenas no início.

Situação semelhante se dá nos EUA, onde os óbitos correspondem a cerca de metade do registrado no período de pico da pandemia no país, com média de 1.546 mortes, contra mais de 3.000 em janeiro deste ano. Desde o começo da pandemia, o país soma mais de 822 mil óbitos.

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Mesmo com o nível de mortes abaixo de outras ondas, o país tem visto crescer a hospitalização de crianças. Entre 21 e 27 de dezembro, as internações de crianças cresceram 58% no país, enquanto em outras faixas etárias o aumento foi de 19%, de acordo com dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Menos de 25% dos 74 milhões de americanos com menos de 18 anos estão vacinados.

Para os especialistas, a expectativa é a de que a ômicron avance ainda mais com a reabertura das escolas na próxima semana após as festas de fim de ano. Médicos afirmam que ainda é cedo para determinar se a variante causa doenças mais graves nos mais jovens, mas apontam que a alta transmissibilidade é um fator-chave para entender o aumento das hospitalizações.

"O que estamos vendo é que as crianças menores de cinco anos não foram vacinadas, então ainda há uma população relativamente grande de crianças desprotegidas, de modo que não têm imunidade preexistente a esse vírus", diz Jennifer Nayak, especialista em doenças infecciosas da Universidade de Rochester.

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Mesmo em Nova York, que tem uma das taxas de vacinação mais altas dos EUA, apenas cerca de 40% das crianças de 5 a 17 anos estão totalmente vacinadas, em comparação com mais de 80% dos adultos. Não há vacina autorizada no país para crianças com menos de 5 anos de idade.

Recorde de infecções faz com que países retomem restrições

Vários países têm ampliado as restrições para tentar conter o avanço da Covid-19, como a Grécia, que registrou novo recorde nesta quarta. O país proibiu música em bares e restaurantes, além de limitar seu funcionamento a até no máximo meia-noite –no Ano Novo, a autorização se estende até as 2h, mas sempre sem música.

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A França também determinou que os bares fechem até as 2h. Além disso, limitou as aglomerações, proibiu público em pé em shows, restringiu o serviço em restaurantes a consumidores sentados.

A Holanda anunciou um novo lockdown até 14 de janeiro, com fechamento de serviços não essenciais. Portugal, uma das nações mais vacinadas do mundo, mandou fechar bares e casas noturnas até 9 de janeiro, período em que o trabalho remoto também será obrigatório, e limitou reuniões públicas a no máximo dez pessoas. A Alemanha também anunciou limite de dez pessoas para reuniões e o fechamento de casas noturnas, além de suspender o público em partidas de futebol.

Em meio ao avanço da doença na Europa, o papa Francisco cancelou sua tradicional visita de Ano-Novo ao presépio da praça de São Pedro devido à preocupação de propagação do vírus entre a multidão reunida, segundo o Vaticano.

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Outros continentes também estão endurecendo as restrições. Na Indonésia, com mais de 4,2 milhões de casos confirmados, o governo advertiu que turistas estrangeiros serão deportados da ilha de Bali se forem pegos violando as regras sanitárias no período de festas.

Na Arábia Saudita, as autoridades voltaram a impor medidas de distanciamento social na Grande Mesquita de Meca, cidade sagrada para os muçulmanos, após registrar o maior número de casos de coronavírus em meses.

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