Mundo

Cientistas concluem que lítio reverte males de radiação no cérebro

A equipe verificou aumento da formação de novos neurônios em área do cérebro que é importante para a memória

Agência Brasil

Publicado em 14/11/2019 às 08:50

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

Cientistas concluíram, em uma experiência com ratos, que o lítio pode reverter os malefícios da radiação no cérebro, podendo o seu uso ser promissor para tratar crianças que foram sujeitas a radioterapia e desenvolveram posteriormente déficits de memória e aprendizagem.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Os autores do estudo, publicado hoje (14) na revista da especialidade Molecular Psychiatry, não esclarecem se os animais testados eram saudáveis ou tinham tumores na cabeça, tal como as crianças submetidas a radioterapia, e se desenvolveram esses déficits.

Continua depois da publicidade

De acordo com os pesquisadores do Instituto Karolinska, da Suécia, citados em comunicado pela instituição, a capacidade de memória e aprendizagem dos roedores melhorou quando foram tratados com lítio (metal) após, numa fase inicial da vida, o seu cérebro ter sido submetido a doses de radiação não especificadas.

A equipe verificou aumento da formação de novos neurônios (células) em área do cérebro (hipocampo) que é importante para a memória, durante o período em que os ratos receberam lítio, na fase de crescimento até se tornarem quase adultos.

Continua depois da publicidade

O comunicado ressalva, no entanto, que a maturação dos neurônios em células nervosas completas só ocorreu quando o tratamento com lítio foi interrompido.

Ainda assim, a autora principal do estudo, Giulia Zanni, considera que o lítio, "dado segundo as diretrizes do modelo" testado em ratos, "pode ajudar a curar as lesões causadas pela radioterapia, mesmo ao fim de muito tempo".

O estudo concluiu ainda que apenas as células sujeitas a radiação são afetadas pela ação do lítio.

Continua depois da publicidade

O grupo de investigação, que pretende avançar para ensaios clínicos, já tinha sugerido anteriormente que o lítio protege o cérebro contra lesões se for administrado juntamente com a radioterapia.

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software