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Campanha de Hillary financiou parte de dossiê contra Trump, diz jornal

Segundo a publicação, os recursos foram pagos por Marc Elias, advogado da campanha de Hillary e do Comitê Nacional Democrata

Folhapress

Publicado em 25/10/2017 às 17:30

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A campanha de Hillary Clinton financiou parte de um dossiê contra Donald Trump / Associated Press

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A campanha da democrata Hillary Clinton à Presidência dos EUA pagou parte da pesquisa de um dossiê sobre a ligação do atual presidente, Donald Trump, com a Rússia, informou nesta terça-feira (24) o jornal "The Washington Post".

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O relatório, revelado em janeiro, continha encontros de membros da campanha de Trump com pessoas relacionadas ao líder russo, Vladimir Putin, e informações comprometedoras , como uma suposta orgia do hoje presidente com prostitutas.

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Segundo a publicação, os recursos foram pagos por Marc Elias, advogado da campanha de Hillary e do Comitê Nacional Democrata, a uma empresa chamada Fusion GPS, que contratou o ex-agente de inteligência Christopher Steele.

Anteriormente a pesquisa havia sido financiada por um cliente republicano ainda desconhecido. Membros da empresa dizem que os democratas mantiveram os pagamentos até o final de outubro de 2016, dias antes da eleição.

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Além do relatório de Steele, Elias recebeu outros documentos, cujos detalhes não foram divulgados. Também não se sabe se os comandos da campanha e do partido estavam a par do contrato de Marc Elias com a Fusion GPS.

Outra informação desconhecida é o montante pago. Elias recebeu em honorários US$ 5,6 milhões da campanha e US$ 3,6 milhões do comitê democrata entre junho de 2015 e dezembro de 2016 -suspeita-se que parte do dinheiro possa ter sido usada para pagar a pesquisa.

O dossiê foi um dos primeiros documentos que levantaram as suspeitas do elo da equipe de Trump com os russos. Nas semanas seguintes à posse, agentes de inteligência vazaram que vários membros do governo eram investigados.

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Também foi revelado que o FBI (a polícia federal americana) investigava o entorno do presidente. O "Washington Post" afirma que os agentes confirmaram parte da informação do dossiê, mas não as partes mais comprometedoras.

Trump nega qualquer envolvimento de sua equipe com os russos e afirma ser vítima de uma "caça às bruxas". Porém, as suspeitas cresceram depois que o presidente demitiu em maio o então diretor do FBI, James Comey.

Hoje a interferência russa na eleição é investigada por uma comissão independente e no Senado -que, entre outras coisas avaliam como foi feita a rede de anúncios e notícias falsas montadas pelos russos durante o pleito.

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Twitter

Nesta terça (24), o Twitter, uma das empresas sob escrutínio dos parlamentares , anunciou que passará a colocar etiquetas em anúncios relacionados a eleições e quais são seus compradores, medida similar à tomada pelo Facebook.

Além dos avisos, prepara um site incluindo informações sobre o financiamento da propaganda, quanto foi gasto pelos anunciantes eleitorais e quantas pessoas atingiram. A iniciativa começará pelos EUA antes de ir a outros países.

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As duas redes e o Google foram os principais meios usados pelos russos em 2016. As medidas são uma tentativa das empresas de evitar que o Congresso imponha uma regulação a sua atividade, como desejam alguns legisladores.

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