O jogador Felipe Santos está está em Israel a quatro meses / Diário do Litoral
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O conflito entre o exército de Israel e o braço armado Hamas, iniciado no último sábado (7), coloca em risco a vida de diversos brasileiros que vivem no País. O Diário do Litoral conversou com um jogador de futebol e com uma santista, guia de turismo, que mora em Israel há 25 anos.
Ambos relataram a tensão que vivem desde o último fim de semana e relataram o medo do confronto se tornar ainda maior nas regiões onde vivem.
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É nesse contexto que Felipe Santos, jogador de futebol do Hapoel Haifa, se encontra junto com sua esposa, filho e avó.
Em entrevista ao Diário nesta segunda-feira (9) , ele explicou que chegou ao país a apenas quatro meses e descobriu a situação através de uma mensagem de um treinador pelo celular.
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“No sábado à tarde, a gente teria um jogo do campeonato em Tel Aviv. Assim que eu acordei de manhã, eu recebi uma mensagem no grupo do clube avisando que todos os jogos estavam cancelados porque Israel estava sendo atacada”,diz.
O clube que Felipe defende as cores está em uma área que faz fronteira com o Líbano, onde um outro grupo terrorista está atacando. A cidade de Haifa é um dos poucos lugares que ainda não sofreram com explosões.
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Assista à entrevista feita pelo Diário com o atleta Felipe Santos:
No entanto, ele explica também que as pessoas continuam andando nas ruas, mas que existe a preocupação com o barulho de aviões e helicópteros. Dentro do sistema de televisão, existe um monitoramento para afirmar em qual cidade a bomba vai cair.
Somado a isso, o brasileiro reveza com a sua esposa o controle da situação em casa. Enquanto ele fica a noite toda acordado, ela faz a sua vigília na parte da manhã sempre com o pensamento de acordar todos familiares em caso de sirene.
Por fim, Felipe deixou claro que no momento o seu pensamento é ficar em Haifa.
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“A cidade onde eu estou ainda está tranquila. Mas é claro que se as coisas piorarem, nós iremos procurar alguma saída”.
Clima de Guerra
O sentimento de tensão é o que atinge boa parte dos brasileiros que moram em Israel. De acordo com a santista Ruth Rodrigues, que vive no país há mais de duas décadas e trabalha como guia de turismo, o clima de guerra se intensifica com o auxílio militar enviado por outros países.
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“Na verdade, os Estados Unidos já mandou um navio que comporta 97 aviões jatos. Eles não mandariam se as coisas fossem menores. Já passamos por outras guerras aqui e não teve esse reforço”.
Ela explica que desde do início da invasão de uma festa, a situação começou a ficar pior. O país vivia um momento de celebração de um feriado sagrado e ninguém esperava o ataque.
Dessa maneira, o noticiário local precisou alertar sobre medidas de proteção, como a compra de água e racionamento do uso da bateria de celulares. A alta procura por mantimentos fez com que as prateleiras de mercados ficassem vazias.
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Com o medo de um ataque e a notícia da convocação de seu genro e sua nora, o desejo de Ruth é ficar perto de seus familiares.
“Eu trabalho em Caesarea e eu vou ter que cruzar alguma parte do país para chegar até a casa da minha família, porque se tiver algum ataque, eu quero estar junto com eles. Amanhã eu vou pegar a estrada até a casa dos meus pais. Estou orando para que Deus me guarde nessa estrada e que não toque nenhuma sirene”.
O barulho serve como um sistema de alerta para a população. Após o início do ruído, as pessoas têm um minuto e meio para achar um bunker e se esconder.
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