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Vaticano se reúne em momento histórico para escolher sucessor de Francisco; cardeais representam diferentes continentes e correntes da Igreja
Brasileiro, Cardeal Odilo Pedro Scherer está entre os preferidos do Conclave / Divulgação
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Após a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, a Igreja Católica vive mais uma vez um momento decisivo: a escolha de um novo líder espiritual para seus mais de 1,3 bilhão de fiéis ao redor do mundo. Com o início do Conclave nesta semana, oito nomes despontam como os mais cotados entre os cardeais eleitores reunidos na Capela Sistina, no Vaticano.
As escolhas refletem os desafios enfrentados pela Igreja no século XXI, como a queda no número de fiéis na Europa, a ascensão do catolicismo no Sul Global e debates internos sobre temas como celibato, inclusão e modernização. A seguir, os principais nomes ventilados nos bastidores do Conclave:
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Arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, Zuppi é conhecido por seu carisma, proximidade com os pobres e papel diplomático em zonas de conflito. Ligado à Comunidade de Santo Egídio, tem perfil pastoral e seria uma continuidade do pontificado de Francisco.
Atual prefeito do Dicastério para a Evangelização, Tagle é frequentemente apontado como “papável”. Com forte apelo no Sudeste Asiático e carisma internacional, seria o primeiro papa filipino e um símbolo da importância crescente da Ásia na Igreja.
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Arcebispo de Esztergom-Budapeste, representa o conservadorismo europeu. Jurista respeitado, seria uma escolha para quem deseja um pontificado mais doutrinário e voltado à tradição.
Africano com forte perfil conservador, Sarah foi prefeito da Congregação para o Culto Divino. Sua eleição representaria uma virada à direita e a primeira vez de um papa negro na história.
Arcebispo de Luxemburgo e relator do Sínodo da Sinodalidade, Hollerich é visto como um reformista moderado, com posições abertas ao diálogo sobre temas polêmicos como a homossexualidade na Igreja.
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Arcebispo de São Paulo, é o nome latino-americano mais citado. Conhecido pela gestão pastoral e equilíbrio político, sua eleição manteria a representatividade da América Latina após Francisco.
Arcebispo de Viena e teólogo respeitado, foi um dos principais autores do Catecismo da Igreja Católica. Com forte capacidade de articulação, é visto como um possível nome de consenso.
Patriarca latino de Jerusalém, Pizzaballa tem atuação direta no Oriente Médio e na mediação inter-religiosa, especialmente entre cristãos, judeus e muçulmanos. Seria um papa com foco geopolítico e ecumênico.
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A escolha do novo pontífice pode levar horas ou dias, dependendo do consenso entre os 120 cardeais eleitores. O próximo papa herdará uma Igreja em transição, com tensões internas e desafios externos. A fumaça branca que sairá da chaminé da Capela Sistina anunciará ao mundo se o futuro será de continuidade, mudança ou surpresa.