Ucânia e países do Ocidente afirmam que acusações são estratégia da Rússia baseada em mentira; na foto, o embaixador Russo na ONU, Vassily Nebenzia / Reprodução/Youtube
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A Rússia afirmou nesta segunda-feira (24) que irá considerar algum eventual ataque com "bomba suja" por parte da Ucrânia como uma investida nuclear. O novo posicionamento é, na verdade, um reforço sobre o alerta já apresentado anteriormente, mas que desta vez deve ser formalizado junto ao Conselho de Segurança da ONU - Organização das Nações Unidas.
A Ucrânia nega que esteja trabalhando em tal tipo de artefato e outros países do Ocidente também afirmam que posicionamento do Kremelin falta com a verdade. Mesmo assim, uma carta detalhando os supostos planos de ataque ucranianos foi apresentada às Nações Unidas nesta segunda-feira e Moscou deve fazer uma denúncia formal no Conselho de Segurança para esta terça (25).
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"Vamos considerar o uso de bomba suja pelo regime de Kiev como um ato de terrorismo nuclear", afirmou o embaixador Russo na ONU, Vassily Nebenzia, ao secretário-geral da entidade, António Guterrez, segundo informações da Agência Brasil e obtidas pela Reuters.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirma que tudo se trata de uma estratégia, uma vez que a Rússia já estaria planejando utilizar uma arma nuclear tática contra o país invadido e agora estaria arquitetando uma maneira de transferir a culpa por este iminente ataque à Ucrânia.
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Embora concordem que ainda não há sinais de que o país de Vladimir Putin pretende de fato usar armas nucleares, Estados Unidos, Reino Unido e França afirmam que as acusações contra a Ucrânia sobre uso de "bomba suja" são falsas.
"Haveria consequências para a Ucrânia se ela usasse uma bomba suja ou uma bomba nuclear", explicou o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price. Na visão da Casa Branca, a Rússia também não apresenta indicativos concretos de que pretende usar "bomba suja" ou arma nuclear.
A pedido de Kiev, a Agência Nuclear da ONU estaria enviando inspetores a dois locais do país invadido a fim de verificar antecipadamente a inexistência de "bombas sujas" ou armas nucleares nestes pontos. A inspeção já estava programada, mas teria sido antecipada após as acusações russas.
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