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Biden endurece medida de Trump contra migrantes e anuncia cota de entradas

A cota permite que 30 mil migrantes de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela sejam aceitos mensalmente

Folhapress

Publicado em 06/01/2023 às 10:27

Atualizado em 06/01/2023 às 10:29

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Ao mesmo tempo, Washington anunciou que vai endurecer a punição contra casos de migração irregular / Reprodução/ Redes Sociais

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Os EUA anunciaram nesta quinta-feira (5) um pacote de medidas com o objetivo de aliviar a pressão migratória no país. Os mecanismos criam uma cota de ingressos de imigrantes da América Latina em território americano, mas também ampliam medidas restritivas contra a migração pela fronteira com o México. 

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Segundo a Casa Branca, 30 mil migrantes de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela serão aceitos mensalmente, desde que comprovem que têm condições de viver no país, seja porque conseguiram um emprego ou porque têm ajuda de uma instituição. 

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Os países são origem de alguns dos principais fluxos de migração para os EUA. Em novembro passado, autoridades da fronteira Sul notificaram a chegada de 82 mil pessoas dessas nações. 

Ao mesmo tempo, Washington anunciou que vai endurecer a punição contra casos de migração irregular. A ideia é ampliar o chamado Título 42, medida da administração de Donald Trump sustentada pelo governo de Joe Biden e validada pela Suprema Corte em dezembro. 

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Por meio do mecanismo, migrantes em situação irregular que chegam pela fronteira com o México são expulsos imediatamente, sem poder solicitar direito de asilo nos órgãos americanos responsáveis. 

Até aqui, o México aceitava apenas o retorno de seus próprios cidadãos, além de nacionais de Guatemala, Honduras e El Salvador, nações que permitem o retorno dos migrantes após partirem. 

Agora, por meio de um acordo dos governos americano e mexicano, o país liderado por Andrés Manuel López Obrador também vai receber por mês 30 mil haitianos, cubanos, nicaraguenses e venezuelanos que tentarem cruzar a fronteira com os EUA de forma irregular. 

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"Indivíduos que tentarem entrar nos EUA sem permissão estarão cada vez mais sujeitos à remoção acelerada para seu país e a cinco anos de proibição de reingressar nos EUA", diz texto da Casa Branca. 

Biden afirmou que o processo será "ordenado, seguro e humano". Em comentários públicos, reforçou a mensagem para que imigrantes não tentem entrar no país antes de concluir todo o processo legal para isso. "Não venham para a fronteira." 

Espera-se que o tema da migração seja central durante a viagem que Biden fará à Cidade do México em 10 de janeiro para uma cúpula com AMLO, como o presidente mexicano é conhecido, e Justin Trudeau, premiê do Canadá. Antes, o americano irá a El Paso, no Texas. 

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Esta será a primeira vez que Biden visita o local. um ponto crítico de migração, desde que assumiu a Casa Branca. Com números de migrantes que batem recorde, a região assiste a instalações de atendimento sobrecarregadas. 

O governo criticou no comunicado de anúncio a resistência de políticos republicanos em apoiar um plano de Biden para reformar o sistema de migração. O projeto foi apresentado nos dias iniciais do democrata na Presidência e, em linhas gerais, amplia o esforço para conceder autorizações de residência a milhões de migrantes indocumentados. 

"Ao contrário de autoridades republicanas que fazem jogos políticos e obstruem soluções reais para melhorar nosso falido sistema de imigração, o presidente Biden tem um plano e o está agindo", diz o texto.

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