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Biden conversa com Lula, reforça apoio após ataques e fala em receber petista em fevereiro

No telefonema, Biden reforçou o convite a Lula para uma visita a Washington, o que foi aceito pelo petista

MARIANNA HOLANDA, VICTORIA AZEVEDO E RENATO MACHADO - FOLHAPRESS

Publicado em 10/01/2023 às 09:51

Atualizado em 10/01/2023 às 16:02

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Na ligação desta segunda, o presidente americano reforçou declarações que havia dado logo após os ataques bolsonaristas / Divulgação

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O presidente Luiz Inácio Inácio Lula da Silva (PT) teve uma conversa por telefone nesta segunda-feira (9) com seu homólogo americano, Joe Biden. A ligação ocorreu um dia depois de golpistas apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) terem promovido ataques à democracia, invadindo as sedes dos Três Poderes e deixando um rastro de vandalismo e destruição em Brasília.

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No telefonema, Biden reforçou o convite a Lula para uma visita a Washington, o que foi aceito pelo petista. A viagem, segundo comunicado da Casa Branca, deve ocorrer no começo de fevereiro.

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As primeiras negociações ligadas ao tema se deram ainda no final do ano passado, para que Lula fosse à capital dos EUA antes mesmo de tomar posse -o que, por uma série de motivos, acabou não acontecendo. Depois, o presidente decidiu que sua primeira viagem seria para a Argentina, entre os dias 23 e 24 deste mês, com mais um dia no Uruguai na sequência. 

Na ligação desta segunda, o presidente americano reforçou declarações que havia dado logo após os ataques bolsonaristas. "[Biden] transmitiu o apoio inabalável dos EUA à democracia do Brasil e ao livre arbítrio do povo brasileiro, conforme expresso nas recentes eleições presidenciais vencidas pelo presidente Lula", informou a Casa Branca.

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"O presidente condenou a violência e o ataque às instituições democráticas e à transferência pacífica do poder. Os dois líderes se comprometeram a trabalhar juntos nas questões enfrentadas pelos EUA e pelo Brasil, incluindo mudança climática, desenvolvimento econômico e paz e segurança." 

Os termos são os mesmos de um texto que o americano publicou nas redes sociais na noite de domingo. "As instituições democráticas do Brasil contam com nosso integral apoio e a vontade do povo brasileiro não deve ser fragilizada. Espero continuar trabalhando em parceria com Lula", escreveu. 

Antes, em meio aos deslocamentos para o México, aonde viajou para uma cúpula de líderes da América do Norte, o democrata tinha dito que a situação no Brasil era "ultrajante". 

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Biden, o mexicano AMLO e o canadense Justin Trudeau reforçaram nesta segunda o posicionamento de crítica à violência ocorrida em Brasília e o apoio às instituições brasileiras -como aliás, vários outros chefes de Estado e governo vêm fazendo desde as ações dos bolsonaristas. 

Também nesta segunda, Lula recebeu ligações do ex-presidente dos EUA Bill Clinton e do primeiro-ministro português, António Costa. Os telefonemas já estavam marcados desde antes dos ataques de domingo em Brasília, mas foram esses episódios que dominaram o diálogo. 

De acordo com interlocutores, os dois políticos prestaram solidariedade ao petista. No próprio domingo, o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, também havia telefonado a Lula para demonstrar apoio.

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O apoio de Biden ganha relevância em meio às discussões nos EUA sobre o status do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está na Flórida desde o dia 30 de dezembro do ano passado. 

Em um país ainda traumatizado com a invasão do Capitólio por apoiadores do então presidente Donald Trump, exatos dois anos atrás, congressistas democratas passaram a exercer uma pressão sobre o governo pedindo a expulsão do político brasileiro de extrema direita do país.

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