Acusados de tráfico de pessoas, pai e filho são presos nos EUA

Dois brasileiros foram presos na cidade de Woburn, no estado americano de Massachusetts, sob a acusação de praticarem crime de tráfico de pessoas. A polícia encontrou Jesse James Moraes, de 64 anos, e Hugo Giovanni Moraes, de 42, no restaurante da família e encaminhou, pai e filho, à prisão nesta terça-feira (4).

A família Moraes mantinha dois restaurantes com funcionários que eram imigrantes ilegais brasileiros e pagava a eles salário abaixo do mínimo. Além disso, a dupla retinha parte desses ganhos das vítimas para que elas pagassem pela dívida gerada na imigração irregular.

Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a acusação à qual os brasileiros irão responder é a de "conspirar para encorajar e induzir um estrangeiro a vir, entrar e residir nos Estados Unidos com o propósito de vantagem comercial ou ganho financeiro privado".

Há ainda a acusação de fornecimento de documentos falsos para entrada no país, segundo reportagem do "O Globo". Sobre esta acusação deve responder o também brasileiro Marcos Chacon, de 29 anos, também preso em Woburn. 

Um quarto brasileiro envolvido no caso e que já havia sido preso anteriormente no Paraguai também deve responder às autoridades. Chelbe Willams Moraes é irmão de Jesse Moraes e tio de Hugo Moraes. 

Chelbe, que também já está em poder da polícia americana, deve responder também pela acusação de conspiração para encorajar e induzir um estrangeiro a vir, entrar e residir nos Estados Unidos para obter ganhos financeiros e pelo crime de lavagem de dinheiro.

A imprensa de Boston noticiou que agentes foram vistos nos restaurantes  "The Dog House Bar & Grill" e "Taste of Brazil  – Tudo No Brasa" nesta terça-feira apreendendo objetos como computadores e caixas.

Nos EUA, a pena para o crime de tráfico de pessoas é de até 10 anos de prisão e multa de até US$ 250 mil. Já o crime de lavagem de dinheiro prevê sentença de até 20 anos de prisão e multa de até US$ 500 mil.