INIMIGOS DE ESTADO
De acordo com o governo norte-americano, somente um dos hackers já roubou o equivalente a 500 milhões de reais e vive livre em Moscou
Maksim Yakubets, hacker russo que é considerado um dos cibercriminosos mais procurados do mundo, ao lado de seu carro de luxo / Reprodução/Youtube
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Muitos países estão apertando o cerco contra hackers em operações que resultam em prisão e até na recuperação de valores roubados de forma virtual por estes criminosos. Mas este não é o caso da Rússia. No território de Vladimir Putin, os hackers recebem não só proteção contra a polícia internacional, mas ganham suporte para ostentar uma vida de muito conforto e luxo.
Os Estados Unidos têm uma lista de 27 nomes de hackers russos que são considerados inimigos do Estado e cuja a captura oferece recompensas milionárias. Caso qualquer um deles deixe a Rússia, provavelmente será preso, mas neste País eles estão totalmente seguros, pois trabalham direta ou indiretamente para os serviços de inteligência do governo local.
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Maksim Yakubets é um dos criminosos cibernéticos que encontrou abrigo e proteção junto ao Kremelin. Os americanos prometem pagar 5 milhões de dólares por sua prisão e supostamente veem Yakubets como o hacker mais procurado do mundo. Mas ele, ao invés de se esconder, frequentemente é flagrado dirigindo carros de luxo pelas ruas de Moscou. Segundo a "BBC", autoridades dos EUA afirmam que ele e sua empresa, a Evil Corp, já roubaram mais de US$ 100 milhões ao redor do mundo.
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Vídeo mostra festa luxuosa de casamento do hacker Yakubets. Imagem: Reprodução/Youtube
A festa de casamento de Yakubets é considerada um dos episódios de maior afronte de um hacker russo contra o governo americano. A cerimônia, que foi estimada em 250 mil dólares, foi realizada em um dos campos de golf mais famosos da região da capital russa e imagens de todo o evento ultra-luxuoso foram abertamente disponibilizadas na internet.
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O encontro de Joe Biden e Vladimir Putin em 2021 teve como um dos demas centrais os ataques hackers. Foto: Reprodução/Youtube
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Em junho de 2021, Putin e Joe Biden, presidente dos EUA, realizaram um encontro em Genebra no qual o principal assunto discutido foi avanço dos ataques cibernéticos. Na época, um ataque recente a um óleoduto, atribuído pelos americanos à participação de hackers, teria causado a escassez de combustível no País.
A jornalista Lilia Yaparova, de um site de notícias investigativas, afirma que é muito comum que hackers procurados pelos Estados Unidos sejam recrutados pelo governo Russo. Segundo ela, é mais interessante para o Kremlin ter estes profissionais criminosos trabalhando para a inteligência local do que colocá-los na prisão.
Enquanto estes cibercriminosos trabalham para Moscou, permanecem livres da prisão e ostentam carros e festas de luxo, o governo norte-americano continua à procura de pistas que levem ao paradeiro dos vinte sete perfis que, segundo Biden, causam prejuízo milionário à segurança global.
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