MONGAGUÁ

Moradora acolhe 12 gatos deixados nas ruas e pede ajuda em Mongaguá

Lucinete procura a ajuda de pessoas que puderem adotar ou colaborar com a ração aos animais

Nayara Martins

Publicado em 01/04/2023 às 07:30

Atualizado em 01/04/2023 às 08:20

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Todos os gatos resgatados por Lucinete já estão castrados / Nair Bueno/ DL

Após recolher 12 gatos abandonados nas ruas dos bairros Agenor de Campos e Balneário Jussara, a moradora Lucinete Brito Eugênio, de 48 anos, procura por ajuda para quem puder adotar os gatos que estão em sua casa, em Agenor de Campos, em Mongaguá.
L

ucinete conta que encontrou os gatos em uma caixa no mato. “Cada um tem uma história, os pretinhos foram achados nas ruas em uma caixa no Balneário Jussara”.

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E no bairro Agenor de Campos, onde costuma sair para recolher matérias recicláveis, ela achou outros gatos, também em uma caixa na rua. Segundo ela, já vai fazer um ano que recolheu os 12 gatos e os levou para casa. Todos já estão castrados.

“É bem difícil para manter os animais porque não estou em um trabalho fixo. Hoje trabalho como autônoma e recolho matérias recicláveis para vender”, explica. 

Lucinete mora com sua filha Agatha Eugênio França (19), que está fazendo um curso de auxiliar e técnica de enfermagem, e ainda uma sobrinha. Há cerca de um ano e cinco meses, ela está trabalhando com a venda de recicláveis e morando em Mongaguá.

Ela lembra que recebe a ajuda de uma vizinha, que é voluntária da ONG Eco Patas, de São Paulo, e providenciou a castração dos 12 gatos. Além de colaborar com a ração e petiscos aos animais.

“Hoje estamos alimentando uma vez ao dia os gatos, antes era duas vezes ao dia. E ainda não posso trabalhar, pois cuido de minha sobrinha que tem problemas de saúde”, salienta. 

Segundo Lucinete, no dia a dia, ela encontra vários animais abandonados nas ruas dos bairros em Mongaguá.

A moradora explica ainda que já procurou o Centro de Controle de Zoonose de Mongaguá, mas eles não ficam com os gatos. 

“A Zoonose diz que temos que deixar uns panfletos com as fotos dos gatos para divulgar. Mas não temos nem condições de mandar fazer esses panfletos”, desabafa.

Lucinete também não tem recursos para arcar com as despesas, como levar ao veterinário, comprar remédios para verme e outras. “Uma consulta no veterinário custa R$ 90, 00 cada uma e não temos como pagar”.

Ela é formada em bombeiro, mas não consegue trabalhar na profissão, pois tem que aguardar a abertura de inscrições para prestar concurso público pelo governo do Estado.

E afirma ainda que está em contato com conhecidos e gostaria que os gatos fossem adotados por pessoas que deem um novo lar e tratem bem dos animais. 

Interessados em colaborar também podem doar ração aos gatos, ou entrar em contato com Lucinete ou Agatha, pelo celular 11 98910.1645. 

Prefeitura

A prefeitura de Mongaguá informa que a Unidade de Vigilância de Zoonoses de Mongaguá não aceita doações de pets, sendo que os animais que se encontram no local são oriundos, em sua maioria, de resgates de vias públicas quando em situações de relevância em saúde pública, tais como animais atropelados, doentes, agressores, situações de maus tratos, entre outros.

E que o município não possui uma estrutura operacional para o acolhimento de animais de rua. Mas que a Administração se empenha em ofertar serviços que auxiliem os tutores, como chipagem de animais, confecção de RG para os pets, vacinações e campanhas de castração. 

A Unidade de Vigilância de Zoonoses, inclusive, realiza diversas campanhas de orientações quanto à posse responsável de pets, justamente por entender que, no município, assim como em todas as cidades, há um número elevado de animais comunitários, ou seja, que se enquadram em situação de rua.

A Prefeitura de Mongaguá diz ainda que realiza, por meio da UVZ, campanhas de adoção de pets, que contam, inclusive, com chipagem e confecção de RG animal. Quanto às castrações, a Administração afirma que mantém parecerias a fim de viabilizar o serviço, periodicamente.

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