Roberta quer continuar atuando como professora de natação e motorista de aplicativo, em Itanhaém / Fotos: Nayara Martins
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Atuar em duas áreas para complementar a renda da família. Essa é a estratégia adotada pela professora de Educação Física, Roberto Rivera, de 44 anos. Atualmente, ela exerce a sua profissão como professora de natação e também é motorista de aplicativo, em Itanhaém.
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Roberta conta que, durante a pandemia, ela estava ainda trabalhando somente na sua área, dando aulas de natação.
“Mas acabei saindo da academia onde dava aulas para entrar em um sociedade em outra academia, mas não deu certo a sociedade”, explica. A partir daí, ela começou a dar aulas particulares de natação em condomínios e em casas. Na antiga academia, ela deu aulas de natação e musculação por 20 anos.
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“No mês de maio, o tempo virou e fez muito frio. Fiquei preocupada porque precisava pagar as contas da casa e como o carro estava parado, decidi começar a trabalhar como motorista de Uber”, conta. Ela mora com o seu filho, de 14 anos, no bairro Vila São Paulo.
Para a temporada de verão, Roberta já está com duas turmas lotadas de natação, mas vai continuar com os clientes do aplicativo 99.
“Hoje também trabalho para o 99, onde muitas das clientes são mulheres. Elas se sentem mais seguras, já que as motoristas mulheres são mais polivalentes e prestativas”, destaca.
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Roberta dá aulas particulares nas casas dos clientes e nos condomínios. “Na pandemia apareceram muitos clientes que vieram para Itanhaém e tinham apartamentos em condomínios com piscinas”, frisa.
“O trabalho de motorista de aplicativo é fantástico, pois você pode interagir com várias pessoas e cada uma tem as suas histórias”.
Roberta trabalha às terças e quintas-feiras na natação, e como motorista de aplicativo atua às segundas, quartas, sextas, sábados e domingos. “Acordo cedo, por volta das 5 horas, e trabalho até o meio dia, nos finais de semana. Nos dias de semana trabalho o dia todo”.
Na opinião de Roberta, trabalhar como motorista tem sido uma ótima experiência.
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“Acho que o Uber veio para salvar muitas famílias, tanto como uma fonte de renda razoável e pela liberdade de horário e de se programar para o trabalho”.
Riscos
Roberta conta, no entanto, que já enfrentou algumas situações de risco.
“Certa vez, passei por uma situação perigosa e quase fui assaltada, durante o dia, no bairro do Suarão, do lado morro. Entrei numa rua sem saída e percebi que vinha uma turma de menores pra me assaltar, e tive que ser rápida e dar uma ré pra sair”, lembra.
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Uma das dificuldades é de não poder trabalhar à noite, por falta de segurança, e ainda devido aos buracos e as precárias condições na pavimentação na Cidade. “À noite prefiro não trabalhar, pois me sinto insegura e também acabo tendo gastos com a manutenção do carro”, explica.
Mas ela afirma que em bairros de periferia sempre é muito respeitada, já que a população precisa do transporte de Uber ou 99.
“Trabalho em outras cidades da região, de Registro a Santos, pois sempre tem clientes que precisam ir aos hospitais ou fazer exames. Em Santos é muito bom pra trabalhar”.
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Planos
Um de seus planos é continuar a atuar como motorista de aplicativo e conciliar com as aulas de natação. “Também estou me formando como depiladora e já atendo alguns clientes do público masculino”, conta.
Ela vai atender tanto as mulheres como os homens na depilação, no período da noite. O atendimento será em domicílio e também na sua casa.
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A divulgação vai ser feita pelas redes sociais, no Instagram, e também por meio de cartão. “Vou aproveitar para divulgar os dois trabalhos como motorista e depiladora. A gente tem que se virar”, brinca.
Roberta é formada em Educação Física e pós graduada em natação para crianças especiais. E atua na área há quase 30 anos.