ITANHAÉM
O secretário de Estado de Parcerias e Investimentos, Rafael Benini, explica ao prefeito Tiago Cervantes como será implantado o novo sistema free flow na rodovia
Segundo Benini, serão instalados quatro pórticos na rodovia / Nair Bueno/ DL
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O prefeito de Itanhaém Tiago Cervantes (PSD) se reuniu, na segunda-feira (3), com o secretário de Estado de Parcerias e Investimentos, Rafael Benini, para discutir sobre uma possível cobrança do pedágio, na rodovia Padre Manoel da Nóbrega, na altura do município de Itanhaém.
Conforme o prefeito, Benini esclareceu dúvidas sobre o sistema free flow e a não implantação da praça de pedágio, como havia sido proposto no governo anterior.
O sistema free flow é um sistema automático de pedágio que não utiliza as praças de pedágio, ou seja, o usuário não precisa parar pra pagar a tarifa. O sistema faz a leitura do adesivo instalado no veículo e o valor é cobrado diretamente.
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Benini explicou que o projeto prevê a instalação de quatro pórticos na extensão do município para realizar esta modalidade de cobrança.
A Administração Municipal afirma que vai estudar sobre os apontamentos que serão feitos nas fases de consulta e de audiência popular quanto à implantação de novos viadutos, passarelas, passagens subterrâneas e inclusão de avenidas marginais.
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Cervantes diz ainda que reafirma a sua posição contrária à cobrança de tarifa na utilização da rodovia pelos munícipes.
O presidente da Câmara de Itanhaém, Fernando Xavier (MDB), o professor Fernando, diz ser contra o pedágio no município. Ele protocolou na quinta-feira (6) um documento cobrando uma resposta do Executivo.
E que o pedágio trará prejuízo aos moradores. “Itanhaém é uma cidade onde os moradores são assalariados. Muitos trabalham nas cidades vizinhas e ninguém tem como arcar com esse aumento de gastos”, frisa.
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Para Xavier, um pedágio atrapalharia o município em vários aspectos desde o econômico até o ambiental. “O pedágio iria aumentar o número de rotas alternativas, em vias que não foram feitas para grandes fluxos e isso pode acabar destruindo a estrutura da Cidade”.
Diz ainda que a instalação do pedágio pode desvalorizar os imóveis e afastar as empresas que desejam investir na cidade. E que lutará até o fim para não permitir que isso aconteça.
O vereador Sílvio Oliveira (Solidariedade), o Silvinho Investigador, também afirma ser contra o pedágio.
“Ao ocupar a presidência da Câmara, entre os anos de 2021 e 2022, juntamente com outros vereadores, realizamos uma mobilização conjunta da população para impedir a construção de praças de pedágio em Itanhaém. Graças à nossa ação, o projeto foi suspenso. Porém, o plano foi retomado com um modelo chamado free flow (passe livre), de acordo com informações não oficiais”, ressalta.
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Completa ainda “infelizmente não fui convidado para a reunião que a prefeitura realizou com o secretário de Estado e alguns vereadores, desconsiderando a Câmara Municipal. Afinal de contas somos representantes da população. Como poderemos informar os moradores sobre esse projeto se fomos excluídos do debate?”.
Polêmica
Uma manifestação popular foi organizada por vereadores de Itanhaém, no dia 15 de agosto de 2021, no centro. Foi um protesto contra a instalação de uma praça de cobrança de pedágio na Cidade, prevista pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), do Governo do Estado. Vereadores, representantes de entidades e a população usaram camisetas com dizeres “Pedágio Não”.
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No edital apresentado pelo Governo do Estado, em 2021, estava previsto que as praças de pedágio em Itanhaém seriam implantadas nos quilômetros 325+360 (sentido Peruíbe) e km 326+125 (sentido Santos) da rodovia Padre Manoel da Nóbrega.
A concessão do Lote Litoral Paulista previa ainda a implantação de pedágios nas cidades de Bertioga (Rio-Santos) e Pedro de Toledo, no Vale do Ribeira.
Considerado o pedágio mais caro do Brasil, a taxa cobrada a quem utiliza o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), que liga a capital paulista à Baixada Santista, teve aumento na tarifa, passando de R$ 33,80 para R$ 35,30, no dia 1º deste mês.
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