Itanhaém

Políticos e amigos dão adeus a Orlando Bifulco em Itanhaém

Diversos políticos e moradores da cidade foram ao velório para se despedir do ex-prefeito, na quarta-feira (4)

Nayara Martins

Publicado em 04/09/2024 às 16:56

Atualizado em 04/09/2024 às 17:03

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Orlando Bifulco faleceu aos 87 anos, na tarde de terça-feira (3) / Nair Bueno/DL

Diversos políticos e a população estiveram presentes ao velório na quarta-feira (4), na Câmara, para se despedirem do ex-prefeito Orlando Bifulco, em Itanhaém. Ele morreu na tarde de terça-feira (3), no hospital Guilherme Álvaro, em Santos, por causa de uma parada respiratória. 

O ex-prefeito já estava com a saúde bastante debilitada e não podia mais sair de casa.

Orlando Bifulco foi prefeito de Itanhaém por dois mandatos – de 1973 a 1976 e ainda a partir de 2001 a 2004.Em 1º outubro de 2000, ele foi eleito pela segunda vez prefeito da Cidade, aos 63 anos. 

Bifulco tinha um grande prestígio entre os políticos, além de ser uma pessoa bem popular junto aos moradores.
O prefeito de Itanhaém Tiago Cervantes (Republicanos) fala sobre o legado do ex-prefeito. 

“O ex-prefeito Bifulco construiu um legado de trabalho incansável em prol de Itanhaém, ao longo de seus 35 anos como servidor municipal e dos oito anos à frente da prefeitura. Sua paixão pelo esporte e pelas artes plásticas inspira gerações e será sempre lembrada por todos nós”. 

O ex-prefeito João Carrasco, que esteve no Executivo entre 1997 e 2000, fala sobre o papel de Bifulco como homem público. 

“Bifulco pertenceu a uma geração de pessoas sérias na política. Ele foi um cidadão que dedicou sua vida à vida pública. Na primeira gestão enfrentou a crise de encefalite e superou.Ele fez um bom trabalho na segunda gestão. É um exemplo para as novas gerações de políticos em Itanhaém”.     

O médico Alder Ferreira Valadão, que foi vice-prefeito na segunda gestão de Bifulco e ex-vereador,deu sua opinião.

“Tive o privilégio de ser escolhido para ser seu vice-prefeito e de estar ao seu lado por quatro anos. Bifulco foi um homem honesto, íntegro e um ser humano fantástico. Ele amava Itanhaém e teve uma importância significativa desde o primeiro mandato, de 1973 a 1976, quando meu pai Alderige foi vice. Eles enfrentaram duas tragédias na Cidade – a crise de encefalite e as enchentes dos anos 70”.      

E ainda “na segunda gestão iniciamos o processo de regionalização do Hospital Regional de Itanhaém. Se hoje existe o hospital de referência na Cidade foi graças ao governo Bifulco. Agradeçotudo o que o ser humano e o político deixa para nós”. 

A presidente da Academia Itanhaense de Letras, Elizabeth Bechir lembra do amigo Orlando Bifulco. “Hoje perdemos um grande político. Temos muita gratidão, Bifulco sempre foi muito amigo da família e nos acolheu quando meu pai estava doente. A gestão dele como prefeito vai ficar na história da Cidade”.  

O artista plástico Ademilson Passos, ex-aluno de Bifulco nas artes plásticas, também dá sua opinião.“Ele foi meu segundo pai. Fui aluno e convivi com ele na sua casa por quatro anos. Tinha 13 anos quando Bifulco começou a me ensinar a técnica da pintura. Fiquei 21 dias pintando a mesma tela de paisagem sugerida por ele. Ao me tornar um artista, ele foi prestigiar minha exposição individual em Itu, com 37 telas”.
História 

Orlando Bifulco Sobrinho nasceu em Santos, em 30 de maio de 1937. Ele era neto de imigrantes sírios e italianos, famílias pioneiras que chegaram ao litoral sul em 1901. 

Em setembro do ano passado, o jornalista e escritor André Caldas lançou o livro “Bifulco – Política é destino”. O livro conta a trajetória da vida do ex-prefeito da Cidade, Orlando Bifulco, cuja vida praticamente se confunde com a história de Itanhaém, no século XX.

O Diário do Litoral entrevistou o ex-prefeito e publicou matéria sobre o livro, em 16 de setembro de 2023.

Bifulco elogiou a pesquisa feita sobre a sua biografia. Lembrou de sua amizade com o ex-prefeito Miguel Simões Dias, o Miguelzinho.E comentou sobre uma das fases mais difíceis que enfrentou, na primeira gestão, com a doença encefalite, entre os anos 1975 e 1976. 

Falou ainda da filmagem da novela “Mulheres de Areia”, na Praia dos Pescadores, em Itanhaém, entre abril de 1973 e fevereiro de 1974, transmitida pela extinta TV Tupy.  

Além da trajetória política, Bifulco também se dedicou às artes plásticas e ao esporte.  

Orlando Bifulco era casado com Amélia Filippini Bifulco com quem teve duas filhas – Rosana e Claudia e três netas. 

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