Atleta paralímpico Fernando Fernandes prestigia o evento e aproveita para voar de paramotor / Nair Bueno/DL
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"A sensação é como voar na cabine de um avião pequeno e é muito boa. Sempre gostei de voo e sou apaixonado por avião". A afirmação é de Cauã Lima de Oliveira, deficiente visual, de 13 anos, de São Paulo, no evento "Um salto pra vida", em Itanhaém.
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O evento esportivo inclusivo realizado na praia do Cibratel, na última quinta-feira (9), reuniu mais de 50 pessoas com deficiência. Muitos tiveram a oportunidade de voar de paramotor pela primeira vez e sentir uma sensação de liberdade.
O evento contou com a presença do atleta paralímpico Fernando Fernandes, de 42 anos, que ficou paraplégico após um acidente de carro, em São Paulo. Atleta, modelo e apresentador do programa "No Limite", além de ser tetracampeão mundial de paracanoagem.
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Fernandes falou sobre a importância do evento.
"Acho fundamental para trazer a galera pra rua, sentir a emoção de voar e o prazer de estar na praia. Além de sentir o quanto podemos ser livres, só precisamos criar formas de liberdade", destaca.
Diz ainda que às vezes o acesso se torna difícil para as pessoas com deficiência. "É muito bom saber que tem o programa Praia Acessível e esse tipo de evento esportivo na Cidade".
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O atleta, que é tetracampeão de paracanoagem, revela que não tem remado muito, mas está praticando outros esportes.
"Tenho praticado paramotor, parapente, paraquedismo e kitesurfe. O esporte é uma ótima ferramenta de capacidade para todos. Você pode ir aonde você desejar, às vezes, a roda da cadeira não te leva, mas com motor e uma asa você pode voar, com um caiaque você pode remar e vai criando formas de liberdade e de capacidade", salienta.
O secretário adjunto de Educação, Cultura e Esportes, Fábio Nascimento, explica que a organização do evento é da ONG Adote um Cidadão em parceria com a prefeitura.
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"É voltado às pessoas com deficiência física, mental, visual e outras. A intenção é dar a oportunidade para elas voarem de paramotor".
Segundo ele, mais de 50 pessoas participaram, sendo que no site da prefeitura houve o cadastro de 40 pessoas, além de outras pessoas que foram direto na praia. Também havia oficinas de beach tênis, vôlei adaptado, basquete, surfe e as cadeiras anfíbias do programa Praia Acessível.
O presidente da ONG Adote um Cidadão, Antônio Carlos Veiga, também fala sobre a importância do evento. Afirma ainda que deve servir de exemplo para outras prefeituras e empreendedores.
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"Já estamos na 6ª edição do evento. O objetivo é fazer a inclusão de pessoas com deficiência em esportes de aventura. Em Itanhaém já é o segundo ano do evento, que está acontecendo em 35 cidades em todo o País, com a parceria da Associação Brasileira de Paramotor e da prefeitura de Itanhaém".
SENSAÇÃO ÚNICA.
Os voos de paramotor, que levaram de 3 a 5 minutos cada, na praia do Cibratel, despertou diversas sensações nas pessoas com deficiência.
O cadeirante Ariovaldo Santos de Oliveira, de 42 anos, de Peruíbe, diz que é uma experiência muito boa. "O voo é maravilhoso, pois a sensação no ar é alucinante", frisa. Diz que pratica alguns esportes como o futebol adaptado e também o surfe adaptado em Peruíbe.
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Outro cadeirante que ficou entusiasmado foi Heitor Mariano dos Santos, de 39 anos, de Itanhaém. "Foi muito bacana e soube do evento na academia do professor Mancha, onde treino. Sempre tive a vontade de voar, é uma oportunidade única". Ele pratica o atletismo e é tetracampeão na São Silvestre, de São Paulo. (Nayara Martins)
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