Itanhaém

Moradora se sente vitoriosa ao vencer o câncer de mama no litoral de SP

Ela conta sua a história de batalha contra o câncer de mama e como chegou ao diagnóstico da doença

Nayara Martins

Publicado em 14/10/2024 às 06:45

Atualizado em 14/10/2024 às 08:55

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Ao vencer o câncer de mama, Joana agradece o apoio da família e de Deus, em Itanhaém / Nayara Martins/DL

“Nada na vida da gente é por acaso. Acho que essa enfermidade veio para unir a família. Cada um deles teve muito carinho e houve uma corrente de oração pra pedir a Deus por minha recuperação”. A afirmação é da dona de casa Joana Balbina dos Santos Silva, de 60 anos, moradora de Itanhaém, e que concluiu o tratamento de um câncer de mama.

Ela conta sua a história de batalha contra o câncer de mama e como chegou ao diagnóstico da doença.

No final de 2018, ela consultou a médica no posto de saúde em Itanhaém. Ao ver a ultrassonografia da mama, ela a encaminhou para outra médica mastologista, em Praia Grande. E em 2019, ela pediu a mamografia.

“A médica viu o exame e disse que havia um nódulo pequeno, mas que não precisava me preocupar e no próximo ano pediria outro exame”. 

Porém, em 2020 houve o início da pandemia e Joana voltou no ano de 2022, a consultar a mastologista em Praia Grande, e teve que fazer outra mamografia. Segundo a médica, o nódulo ainda estava pequeno e não precisava se preocupar. 

Após alguns meses, ainda em 2022, Joana começou a sentir dores na mama. Ela foi no posto de saúde e fez o exame de mamografia particular. E a médica a encaminhou para outro médico mastologista na rede municipal de Praia Grande.

“O médico pediu que fizesse uma biópsia urgente, em 2023. No dia da biópsia fiquei muito arrasada e chorei bastante, pois estava revoltada. Mas não quis que minha filha visse meu estado. Foi o pior dia da minha vida”, confessa.

O médico, ao ver a biópsia, a encaminhou para uma médica oncologista no hospital Beneficência Portuguesa, em Santos.

“Após pedir vários exames, a médica já me encaminhou para fazer a quimioterapia. Fiz oito sessões, mas não tive quase reação, somente um enjoo fraco. Durante as sessões fiquei rezando e tive o apoio das enfermeiras e da minha filha”, ressalta. A s sessões foram a cada 20 dias.

Após a quimioterapia, a médica já a encaminhou para um médico cirurgião para marcar a cirurgia, na Beneficência Portuguesa.

“No dia da cirurgia estava bem tranquila, minha pressão estava normal. Senti a proteção e a presença de Jesus e de Nossa Senhora. Os médicos e os enfermeiros me trataram com muito carinho”, frisa.

A cirurgia ocorreu em 7 de julho de 2023, quando Joana fez o quadrante em uma das mamas.

Após a cirurgia, o médico recomendou que ela tinha que fazer a radioterapia. Ela fez 18 sessões de radioterapia, todos os dias, no mesmo hospital. A imunidade dela se manteve em alta.

“Minha maior preocupação era como ir todos os dias de Itanhaém para Santos. Mas consegui agendar o primeiro horário às 6h30 e meu genro pode me levar de carro.

Acordava às 3h30 e às 4h30 saía de Itanhaém pra ir a Santos”, conta.   

Bater o sino

Joana terminou as sessões de radioterapia no dia 26 de setembro. E já agendou uma consulta com a médica oncologista para o dia 23 deste mês e fazer o acompanhamento. Lembra ainda que no dia 26, os enfermeiros a levaram para tocar o sino no hospital. 

“Eles fizeram uma surpresa junto com meu marido, minha filha e amigos e, na recepção, toquei o sino, o que simboliza a cura da doença. Foi emocionante e uma grande vitória”, revela. Ela ainda recebeu uma cesta de café da manhã e flores ao chegar em casa.

Joana explica que o seu marido é pedreiro e não tem um salário fixo. “Deus mandou anjos na minha vida. Tive muita ajuda financeira de pessoas amigas e da família para comprar medicamentos, além da alimentação e de alguns exames particulares”.

Ela agradece a todos que colaboraram e os grupos que estiveram em oração por ela. E fez todo o tratamento pelo SUS na Beneficência Portuguesa.
           
Neste “Outubro Rosa” referente ao mês de prevenção ao câncer de mama, Joana aconselha às mulheres para que acreditem em Deus e busquem apoio.

“Acredito que Deus vai colocar anjos na vida de cada mulher que precisar. Elas também devem fazer os exames e o tratamento necessários. Ninguém está sozinho e temos que pensar de forma positiva”, conclui.

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