Saúde

Médica cubana se integra às famílias em Itanhaém

Yenny Iglesia Ochoa, de 36 anos, atende na Unidade de Saúde da Família (USF) do bairro Belas Artes, em Itanhaém, e adotou a Cidade para viver

Nayara Martins

Publicado em 12/06/2023 às 09:45

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Yenny Iglesia Ochoa, de 36 anos, se formou em Cuba em 2010 / NAYARA MARTINS/DIÁRIO DO LITORAL

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A médica cubana Yenny Iglesia Ochoa, de 36 anos, que atende na Unidade de Saúde da Família (USF) do bairro Belas Artes, em Itanhaém, adotou a Cidade para viver. É a primeira cidade do litoral em que ela atua desde o ano de 2020.

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Como a sua formação é voltada à Saúde da Família, ela atende na mesma unidade há mais de três anos. A médica é formada em clínica geral, em Cuba, e fez especialização na área de Saúde da Família.

No Brasil, desde 2014, a médica já atuou na cidade de Salto, no interior de São Paulo, onde ficou por quatro anos e meio, até 2018, no final do contrato.

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"Atendo nos quatro dias da semana de terça a sexta-feira, em uma ação de saúde integrada a toda a família. Procuramos atender e acompanhar a saúde dos integrantes", explica.

Como ela já presta atendimento desde 2020, na mesma USF, o vínculo com as pessoas é maior. "A família tem mais confiança, já que ficamos mais amigos de todos os parentes. É uma relação diferente e se torna mais importante com o médico da família. Passamos a conhecer melhor como vive o paciente na comunidade", salienta.

Quanto aos atendimentos, a médica atende as mães gestantes no pré-natal, as crianças, clínica geral, além de acompanhar o planejamento familiar. "É um acompanhamento que podemos fazer quando o médico fica na Unidade Básica de Saúde", frisa.

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Em média, a médica atende 12 pacientes agendados pela manhã e 12 pacientes à tarde, além de alguns pacientes que estiverem com alguma emergência.

Todas as terças-feiras, pela manhã, ela faz ainda visitas domiciliares, em casos de pacientes acamados ou que não conseguem se locomover até USF do bairro.

"As visitas são acompanhadas de enfermeiro, técnico de enfermagem, para fazer a troca de sondas, curativos e o que precisar", explica.

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Nas quintas-feiras, os profissionais de saúde da unidade atendem a um grupo comunitário com pessoas hipertensas e diabéticas, além de atividades físicas. "Se houver alguma pessoa que precise passar pelo médico, na hora, ele é encaminhado à consulta comigo".

Na segunda-feira, ela cumpre oito horas de estudo com cursos online, conforme a determinação do programa "Mais Médicos".

Entre os desafios, a médica Yenny destaca que a demanda de pacientes aumentou bastante, em especial, após a pandemia do coronavírus. "Após a pandemia acho que muitas pessoas decidiram vir morar na praia", frisa.
Hoje, segundo ela, as USFs precisam de alguns avanços no setor de atendimento, como implantar o formulário digital, além de um reforço de profissionais na área médica.

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"Mas a população é bastante carismática e sempre me acolheu bem. Já tenho residência na Cidade, morando com meu marido e meu filho que são brasileiros. Vim para ficar apenas dois anos e voltar ao Interior, mas acabei ficando para trabalhar na Cidade".

PLANOS.
A médica Yenny afirma que pretende fazer outra especialidade ou pós-graduação na área médica.
"Pretendo continuar a atender nessa área de Saúde da Família. É diferente dos médicos que nunca trabalharam nessa área. Em Cuba já atuamos na área e nossa formação é voltada à Saúde da Família", completa.

Formada em Medicina em 2010, em Cuba, ela trabalhou por dois anos em um regime penitenciário, atendendo aos presos. E se especializou em Saúde da Família. Também atuou como médica na Venezuela, onde morou por nove meses.

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"Foram nove meses de trabalho, mas lá é muito diferente do Brasil e não tínhamos segurança no trabalho. Aqui é melhor para trabalhar e mais seguro. Gostei muito de Itanhaém e vai demorar para ir embora da Cidade", conclui.

PROBLEMAS.  
Sobre as dificuldades em contratar médicos para atuar nas Unidades Básicas e Saúde (UBS) do município, a diretora de Atenção Básica Gilulia Catissi de Lima, explica que a Secretaria Municipal de Saúde tem trabalhado para aumentar a contratação dos profissionais.

Itanhaém que conta, hoje, com 11 Unidades Básicas de Saúde, foi contemplada com quatro vagas aos médicos no primeiro edital do programa "Mais Médicos", mas tem direito a seis vagas no total.

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"Além de ser um atrativo a esses médicos, é também benéfico para a Cidade. Eles devem cumprir 36 horas semanais. A previsão é que sejam chamados até o próximo mês de agosto", completa.

Ela esclarece que nas cidades de Santos, Guarujá, Praia Grande, é mais fácil a contratação de médicos, isso porque há uma compensação no sentido financeiro e podem abrir consultórios particulares.

Já nos municípios do Litoral Sul e Vale do Ribeira, segundo ela, o perfil populacional de idosos é grande. E por serem cidades menores fica mais difícil o recrutamento desses médicos.

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