HISTÓRICO

Loja de fotografia é uma das pioneiras em Itanhaém

Omuro conta que, inicialmente, o comércio era um dos únicos a fazer fotos em geral, como as fotografias 3x4, e ainda de casamentos, formaturas, aniversários e outros eventos na Cidade

Nayara Martins

Publicado em 25/07/2022 às 09:25

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

O comerciante Sérgio Atsushi Omuro, de 70 anos, é um dos pioneiros a trabalhar com a fotografia e a revelação de filmes em Itanhaém / NAIR BUENO/DL

Continua depois da publicidade

O comerciante Sérgio Atsushi Omuro, de 70 anos, é um dos pioneiros a trabalhar com a fotografia e a revelação de filmes em Itanhaém. Ele acompanhou as mudanças do analógico para o digital. A loja, bastante conhecida, começou a trabalhar com as fotografias e as fotocópias, em 31 de julho de 1967, e está completando 55 anos este mês.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Cartório de Notas é reinaugurado em Itanhaém

• Academia Itanhaense de Letras lança livro em Itanhaém

• Dona Geralda recolhe e vende recicláveis, em Itanhaém

Omuro conta que, inicialmente, o comércio era um dos únicos a fazer fotos em geral, como as fotografias 3x4, e ainda de casamentos, formaturas, aniversários e outros eventos na Cidade.

“Meu pai Luiz Omuro, já falecido, e eu fomos os primeiros a ter um comércio voltado à área da fotografia. No início, até os anos 1980 trabalhávamos com a marca Kodak, na década de 80 a 90 foi com a marca Fuji e de 90 até os dias de hoje foi com a Agfa”.

Continua depois da publicidade

Ele relembra que, no início, as fotos e as revelações eram todas feitas em preto e branco e depois vieram as coloridas.

“As mudanças foram acontecendo de forma rápida. Um exemplo são as fotos 3x4 que demoravam de um a dois dias pra revelar. De 1980 pra cá, elas levavam até quatro horas para revelar. No laboratório era tudo feito de forma manual e no escuro, na época do branco e preto. Já com as fotos coloridas havia uma luz vermelha, mas tinham que ter quatro banhos”, explica.

Já a partir das máquinas automáticas e as fotos coloridas, a revelação de um filme com 12 fotos levava apenas 30 minutos. Segundo Omuro, a loja também passou a vender filmes e papéis fotográficos e químicos. 

Continua depois da publicidade

“Do sistema analógico para o digital, as mudanças foram bastante aceleradas, em menos de dez anos tudo mudou, a partir dos anos 90. Lembro que muitos colegas tiveram que fechar o comércio e perderam muitas máquinas fotográficas”, observa.

Omuro afirma que a loja teve que se adaptar às mudanças e, aos poucos, foi agregando outros produtos. 
“Fui renovando os produtos conforme os pedidos do público e, hoje, montei uma nova loja. Temos acessórios de informática, de instrumentos musicais, máquinas fotográficas, papelaria em geral e xerox. Além de ter ainda discos em vinil, fitas cassetes e vídeos infantis e adulto”. 

O público procura bastante os acessórios para instrumentos musicais e de informática e, ainda, CDs, DVDs, relógios de parede e despertadores, calculadoras, pilhas e baterias. 

Continua depois da publicidade

No início de 2020, a pandemia também afetou bastante o comércio. “Tivemos de novo que nos estruturarmos para poder continuar”, frisa. 

A loja faz ainda revelações de fotos, apesar de ter diminuído bastante. Hoje, são as chamadas impressões de fotos. 

Afirma que continua com as fotos 3x4 para documentos e outros tamanhos para passaportes. “Seguimos as medidas e os padrões de todos os países. Chegamos a receber elogios, sinal que estamos seguindo os padrões das fotos para passaportes”.
 
VIAGENS.
Omuro lembra ainda que já fez muitas fotos para folders a pedido de empresas de turismo. 

Continua depois da publicidade

“Viajei bastante para a região sul do País, Paraguai, Argentina e o Pantanal. No exterior também ganhei uma viagem para Tóquio, no Japão, em 1987, e conheci as áreas industriais da Fuji. Com a marca Agfa, em 2012, conheci Berlim, na Alemanha, e a área industrial, além do presidente da Basf, a proprietária da Agfa”, frisa. 
As viagens foram todas patrocinadas pelas empresas multinacionais dos dois países. 

Ele também trabalhou com fotografia, durante 30 anos, para o Satélite Esporte Clube, clube de funcionários do Banco do Brasil. Ele foi o responsável pelas fotos de todos os eventos promovidos pelo clube. E só parou de trabalhar devido às mudanças para digital, já que as fotos são feitas com o celular.

“Hoje estou realizado nesta área de fotografia e sinto que valeu a pena, pois consegui criar três filhos”, completa.

Continua depois da publicidade

“Espero que o País melhore na parte econômica para podermos continuar a oferecer produtos à população e aos turistas de Itanhaém. Apesar de a Cidade ter crescido bastante, o comércio tem muitos clientes fiéis”, conclui. 

Serviço: A loja Omuro funciona de segunda-feira a sábado, no horário das 9 às 18 horas. Fica localizada na rua João Mariano, 193, no centro de Itanhaém.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software