ITANHAÉM

Livro mostra a trajetória do ex-prefeito Orlando Bifulco de Itanhaém

André Caldas conta a história da família e os desafios enfrentados, nas duas gestões, pelo ex-prefeito Orlando Bifulco, na Cidade

Nayara Martins

Publicado em 16/09/2023 às 07:30

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Livro conta a vida e a trajetória política do ex-prefeito / Nair Bueno/DL

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“Bifulco – Política é destino”. Esse é o título do livro que acabou de ser lançado pelo jornalista e historiador André Caldas, em Itanhaém. O livro traz a trajetória do ex-prefeito da Cidade, Orlando Bifulco, cuja vida praticamente se confunde com a história de Itanhaém, no século XX. 

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Em seus 30 capítulos, o livro resgata a história dos Bifulco e dos Farah, famílias pioneiras de imigrantes que chegaram a Itanhaém, a partir de 1901. 

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Bifulco nasceu em 30 de maio de 1937. Hoje, aos 86 anos, ele vive em sua casa, com a esposa Amélia Fillipini e a família, no centro de Itanhaém. Eles estão casados há 63 anos.

André Caldas explica que um dos aspectos interessantes do livro, que integra a coleção “Prefeitos de Itanhaém”, é a sua cronologia histórica, apresentando a vida do biografado década a década, em seus dois mandatos – de 1973 a 1976 e de 2001 a 2004, suas derrotas e conquistas. 

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Ao mesmo tempo, o autor narra os desdobramentos rotineiros da Cidade, para que o leitor possa compreender como foi possível ao pequeno vilarejo – que possuía 1 mil moradores no final do século XIX – se transformar na 124ª economia paulista nos tempos atuais. 

“A obra faz uma viagem pelo cotidiano cultural e artístico dos anos 40 e 50, período de tempo conhecido como “belle époque itanhaense”, que, certamente, exerceu influência na formação do caráter e do peculiar modo de agir de Bifulco”, destaca. 

O livro conta ainda a história do Hotel Balneário de Itanhaém, ponto de encontro de autoridades, políticos e artistas, que promoviam acalorados debates até as madrugadas. O hotel pertencia ao imigrante sírio João Farah, tio muito próximo de Orlando Bifulco.

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Segundo o autor, as principais fontes para a pesquisa foram os arquivos do jornal Fatos (fundado pelo autor em 1995) e outros jornais locais e regionais. Além da colaboração de famílias tradicionais itanhaenses, importantes na elaboração da pesquisa histórica. 

“A mesma contribuição está sendo valiosa, pois estou trabalhando na produção de outros títulos sobre a trajetória dos demais ex-prefeitos de Itanhaém”, completa. 

Com 311 páginas e ilustrado com fotos em preto e branco, o livro foi lançado pela editora Itanhaém Histórica.

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Os exemplares do livro já se encontram à venda nas bancas de jornais da Cidade. Leitores de outras cidades podem encomendar o livro por meio do site www.itanhaemhistorica.com.br. Para as cidades da Baixada Santista o frete é grátis.

Memórias     

O ex-prefeito Orlando Bifulco falou com a reportagem do Diário do Litoral em sua casa. Ele relembra alguns episódios de sua trajetória política, na primeira gestão como prefeito de Itanhaém, entre 1973 a 1976. A segunda gestão foi entre 2001 a 2004. Na sua opinião, a pesquisa para elaborar o livro foi bem feita e atualizada. 

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“O autor foi muito feliz em escrever a biografia dos ex-prefeitos de Itanhaém e fui o primeiro da coleção “Prefeitos de Itanhaém”. É difícil encontrar pessoas interessadas nos antigos prefeitos. Hoje já não restam muitos”, ressalta.

Bifulco fala do ex-prefeito Miguel Simões Dias, conhecido como Miguelzinho, já falecido. “Miguelzinho foi um grande amigo e pertencia a uma família tradicional na Cidade. Trabalhamos juntos, várias vezes, na prefeitura e ele tinha uma bagagem enorme. Foi um dos prefeitos mais populares de Itanhaém, além de ter sido vice-prefeito e presidente da Câmara”, conta.

Um dos episódios mais difíceis que Bifulco enfrentou, na primeira gestão, foi o da doença encefalite na Cidade. “Passamos por ela vivos”. A fase da encefalite ocorreu entre maio de 1975 e setembro de 1976. O vírus, que provocava a doença, era transmitido pela picada do mosquito culex (uma espécie de pernilongo).

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Bifulco lembra ainda, com orgulho, da filmagem da novela “Mulheres de Areia”, na Praia dos Pescadores, em Itanhaém, da autora Ivani Ribeiro. A transmissão foi entre abril de 1973 e fevereiro de 1974, pela extinta TV Tupy, há 50 anos. 

“A passagem da novela Mulheres de Areia foi muito importante, a televisão deu uma divulgação excelente para a Cidade. Até hoje é uma marca fundamental na história do município”, frisa. Ele acompanhou algumas filmagens com os atores principais Eva Wilma e Carlos Zara.  
Além da trajetória política, Bifulco também se dedicou às artes plásticas e ao esporte.

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