Colares, brincos, pulseiras e acessórios são feitos, de forma artesanal, em crochê, pela artesã Simone Santos, em Itanhaém / Nayara Martins
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Driblar a crise e se reinventar nesta pandemia. É a forma que a jornalista Simone Santos, de 47 anos, encontrou para começar a fazer peças artesanais de bijuterias e acessórios em crochê, há cerca de um ano e meio, em Itanhaém.
Além de jornalista e artesã, Simone está cursando o terceiro ano de Pedagogia, a distância, na Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp).
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“Minha história com o crochê vem desde a infância e passa de geração em geração, com a minha avó. Desde criança já tinha habilidade com trabalhos manuais e pegava as pedrinhas na rua para pintar”. Ela conta que já fazia várias peças como toalhas, enfeites, tapetes em crochê.
Mas a ideia de fazer bijuterias e acessórios para vender surgiu com o início da pandemia, em 2020.
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“Trabalhava como educadora em uma creche municipal, mas fui despedida em virtude da pandemia quando as escolas suspenderam as aulas presenciais no início de 2020. Alguns meses depois minha mãe também faleceu e me vi desempregada, sem saber o que fazer, e ainda com um filho pra criar sozinha”, conta.
“A arte é uma coisa sagrada e salva as pessoas. Ao sentar para fazer uma peça você doa um pouco de si e as ideias vão surgindo. Temos que olhar para dentro de nós mesmos”, destaca.
Simone teve a ideia de fazer um colar com o desenho do olho grego, em crochê, apenas para se distrair.
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“Algumas amigas me viam com o colar elogiavam e perguntavam onde havia comprado. A partir daí, comecei a receber encomendas. Criei outras bijuterias e acessórios, com diversos materiais, como conchas, búzios e penas”.
Ela faz várias pesquisas de cores, formatos, fios e combinações para compor as diferentes peças. São colares, pulseiras, brincos e anéis, além de terços e peças religiosas.
“Gosto de trabalhar com peças diferenciadas, como pedras, conchas e elementos ligados à natureza. O trabalho artesanal com o crochê é ancestral, mas está se perdendo, pois vivemos uma vida muito acelerada e em função da tecnologia”.
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Lembra ainda que algumas tribos indígenas no Peru já usavam o crochê como adorno e enfeites, há alguns séculos. No Brasil, a arte foi se expandindo, a partir do século XVI.
Segundo a artesã, para fazer o trabalho é preciso ter habilidade manual, um olhar diferenciado e se identificar com o crochê.
“A arte de fazer o crochê é uma terapia. Tem hospitais em São Paulo que usam com pacientes para que eles desenvolvam a concentração, a habilidade manual e até mesmo a autoestima”, frisa.
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Sonhos
Simone afirma que já está em contato com algumas revendedoras para revender as bijuterias e acessórios, pois diversas mulheres ficaram desempregadas este ano e precisam ter uma renda.
“Outra ideia é buscar uma parceria com um projeto social para ensinar a técnica de artesanato em crochê. Pode ser uma cooperativa de mulheres para que elas possam ter uma geração de renda por meio de exposição e venda dos trabalhos”, revela.
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Explica que é possível trabalhar com o material em crochê, pois não é muito caro, além de usar a criatividade e elementos da natureza.
Simone já participa de vários bazares e exposições na Cidade. “Sou uma vendedora itinerante, onde me convidam vou expor o meu trabalho e levo as peças na bicicleta. Assim, conheço diversas pessoas e profissionais”, completa.
Nos dias 20 e 21 de novembro, a artesã vai participar de uma nova exposição no salão do restaurante Taberna Baska, na Praia do Sonho.
Já a divulgação do trabalho artesanal, Simone faz por meio do Instagram como @si.bijuemcroche e no Facebook como si.bijuemcroche. Contatos com a artesã também podem ser feitos pelo WhatsApp 13 99786.4256.
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