No espaço interno, artesanatos variados, livros, quadros e esculturas são vendidos ao público / Nair Bueno/ DL
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Mergulhar em um mundo da cultura e conhecer personagens ligados ao folclore brasileiro. Essa é uma oportunidade única para se conhecer e se aprofundar nas histórias do Jardim das Lendas Brasileiras, localizado na Praia do Sonho, em Itanhaém.
Criado em 2012, no Jardim suarão, o Jardim das Lendas Brasileiras foi transferido um ano depois, para a Praia do Sonho. "O espaço surgiu com a ideia de incentivar a cultura e as lendas brasileiras, após entrar na Academia Itanhaense de Letras", explica o artista plástico e escritor Alberto Farah.
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O local conta com 33 lendas brasileiras, mais de 70 esculturas feitas em resina de poliéster e fibra de vidro, além de quadros em vitrais, esculturas esculpidas em madeira, livros, desenho à bico de pena, mosaicos e artesanato. Cada escultura é acompanhada por um texto sobre a lenda e ainda um QRCode com a narração de cada uma.
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No local ainda são expostos quadros com desenhos feitos à bico de penas que retratam a Praça Narciso de Andrade, o Convento Nossa Senhora da Conceição, a Igreja Matriz, e outros pontos turísticos. Todas as obras são feitas por Farah.
As esculturas que mais chamam a atenção do público são as do Saci Pererê, os indígenas da região, o Poço dos Desejos, além de animais da Mata Atlântica, como a onça pintada.
Na entrada também está a escultura do padre José de Anchieta e um indígena, feitos em resina e fibra de vidro, e a sua história ligada a Itanhaém. Existe ainda um aquário com diversas carpas coloridas, que acompanha o jardim com as esculturas do folclore brasileiro.
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No espaço interno, artesanatos variados, livros, quadros e esculturas são vendidos ao público. O artista Aberto Farah ainda recebe encomendas de obras.
A primeira escultura de São Francisco de Assis, na trilha do Morro Sapucaitava, também foi feita pelo artista Alberto Farah, na década de 70, a pedido do ambientalista Ernesto Zwarg. Porém, essa escultura acabou sendo destruída por ação de vândalos e substituída por outra.
VISITAS
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As escolas do município já realizaram visitas monitoradas com os alunos para conhecer o Jardim das Lendas. Porém, segundo a prefeitura de Itanhaém, eles estão aguardando estabilizar a pandemia para retomar as visitas das crianças aos pontos turísticos.
Devido à pandemia da covid-19, o Jardim das Lendas permaneceu fechado por dois anos. Foi reaberto em janeiro deste ano, mas ainda está se reestruturando.
"Muitas pessoas e turistas perguntavam quando o espaço iria reabrir ao público. Os estrangeiros ao visitar, valorizam mais o espaço do que o brasileiro. Eles valorizam bastante a cultura indígena brasileira do que a nossa população", explica a artesã Fanny Vitale, esposa de Alberto Farah.
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HISTÓRIA
Alberto Farah, italiano de 84 anos, é artista plástico, escultor, escritor e poeta. Ele veio de São Paulo para Itanhaém no início da década de 1970, para fazer um filme sobre o alto mar com um grupo de alemães.
"Ao conhecer Itanhaém me apaixonei por suas belezas naturais e sua história e resolvi vir morar na Cidade, há mais de 50 anos. Na época, a cidade era bem diferente, as ruas sem grandes construções e sem violência", destaca. Recorda ainda a sua amizade com o ambientalista, professor e compositor Ernesto Zwarg.
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Autor de mais de 30 livros, Farah lamenta que o público de hoje não tem o hábito da leitura. Entre os títulos, destacam-se "Lendas do Brasil" e "Terra 2020 Sobrevivi ao 2012", entre outros sobre temas variados.
Serviço: O Jardim das Lendas funciona aos sábados e domingos, no horário das 10 às 22 horas e das 14 às 17 horas, na rua da Enseada, 50, na Praia do Sonho, em frente à Passarela do Anchieta. A entrada é gratuita.
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